Aumento do nível do mar, a sério
Luciano Siqueira
Sob a influência do noticiário acerca das mudanças climáticas, muito se diz em conversas informais em torno de um cafezinho — verdades e meras suposições.
No Recife, há até quem exagere e diga que a cidade se encontra abaixo do nível do mar!
Entretanto, entre a divagação e a verdade há uma notícia publicada hoje no jornal O Globo que merece a nossa atenção.
Trata-se de estudo do Climate Central, pesquisa que investiga sistematicamente os impactos das mudanças climáticas, que esima em 2 milhões a população brasileira que pode sofrer as consequências imediatas do aumento do nível do mar.
Principalmente no Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador, Recife, São Luís, Aracaju, João Pessoa, Natal e Maceió.
Além destas, em grau um pouco menos severo, Florianópolis, Porto Alegre e Vitória.
Mais: Santos no litoral paulista, toda a extensão do litoral nordestino e municípios da divisa entre Amapá e Pará.
Isto incluído numa abrangência maior, que envolve 100 cidades de 39 países.
Cá com os meus modestos botões, parece haver um contraste perigoso entre a gravidade desses levantamentos cientificamente embasados e a dimensão das medidas preventivas que deveriam estar sendo adotadas.
Item obrigatório na agenda dos prefeitos, em entrosamento indispensável com governos estaduais e federal.
Antes que o pior aconteça.
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