A FOGUEIRA DO TEMPO
Maurilio Rodrigues*
O que já fui,
É um instante ínfimo,
Que já passou.
O que sou, é o agora,
Não tem data,nem hora.
É o relato de um tempo,
Predestinado a morrer.
Não consigo guardar
O que agora sou.
É uma lei implacável.
O que fui , já morri.
A fogueira do tempo ,
Sempre espera por nós.
Bato no meu peito,
E libero meus gritos,
Eles fazem eco no passado,
Mas, não trazem diferenças,
Para o momento que vivo.
[Ilustração: Paula Modersohn Becker]
*Médico cardiologista, poetaLeia
também: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2022/11/palavra-de-poeta-manoel-de-barros.html
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