20 junho 2024

Minha opinião/e-commerce

Perguntas indiscretas

Luciano Siqueira 

 
Sim, aderi ao sistema de compras e-commerce. 
 
Sobretudo no que se refere a medicamentos — que aqui em casa, por razões etárias, compramos mensalmente. 
 
Não que creia na veracidade dos descontos que as redes de drogaria dizem oferecer. Mas por que é prático. 
 
Durante a pandemia, tivemos que rearrumar algumas coisas aqui em casa e compramos eletrodomésticos pelo sistema. 
 
Mais cômodo e mais ágil. 
 
No balcão da loja, em muitos casos os vendedores explicam a vantagem de consumar compra por via digital. Sobretudo porque a entrega é no mesmo dia ou quase. 
 
Tudo bem. 
 
Porém há um inconveniente que realmente enche o saco: os anúncios subsequentes que nos chegam por e-mail ou até pelo WhatsApp. 
 
Agora mesmo acabo de receber mensagem com a pergunta trivial: "qual o seu desodorante preferido?"
 
Claro que não vou responder, pois desse diálogo certamente resultará a insistência em que deva adquirir, necessitando imediatamente ou não, algum tubo do produto. 
 
A Hyundai, montadora do nosso carro, anuncia também por e-mail tantas ofertas e vantagens que até enjoam!
 
A Amazon jura que estou perdendo a oportunidade de me beneficiar de ofertas que nem sei quais são, pois não leio as mensagens que me envia.
 
Na verdade, em última instância é a nossa privacidade invadida. 
 
E a tentativa de nos converter em consumidores compulsivos, necessitando ou não. 
 
Pois me recuso a declinar a marca do desodorante que uso!
 
Mais: por pura revolta serei capaz de mudar a marca da cerveja de minha preferência, do whisky e do suco de frutas em polpa. 
 
Será o meu protesto.

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