Perguntas indiscretas
Luciano Siqueira
Sim, aderi ao sistema de compras e-commerce.
Sobretudo no que se refere a medicamentos — que aqui em casa, por razões etárias, compramos mensalmente.
Não que creia na veracidade dos descontos que as redes de drogaria dizem oferecer. Mas por que é prático.
Durante a pandemia, tivemos que rearrumar algumas coisas aqui em casa e compramos eletrodomésticos pelo sistema.
Mais cômodo e mais ágil.
No balcão da loja, em muitos casos os vendedores explicam a vantagem de consumar compra por via digital. Sobretudo porque a entrega é no mesmo dia ou quase.
Tudo bem.
Porém há um inconveniente que realmente enche o saco: os anúncios subsequentes que nos chegam por e-mail ou até pelo WhatsApp.
Agora mesmo acabo de receber mensagem com a pergunta trivial: "qual o seu desodorante preferido?"
Claro que não vou responder, pois desse diálogo certamente resultará a insistência em que deva adquirir, necessitando imediatamente ou não, algum tubo do produto.
A Hyundai, montadora do nosso carro, anuncia também por e-mail tantas ofertas e vantagens que até enjoam!
A Amazon jura que estou perdendo a oportunidade de me beneficiar de ofertas que nem sei quais são, pois não leio as mensagens que me envia.
Na verdade, em última instância é a nossa privacidade invadida.
E a tentativa de nos converter em consumidores compulsivos, necessitando ou não.
Pois me recuso a declinar a marca do desodorante que uso!
Mais: por pura revolta serei capaz de mudar a marca da cerveja de minha preferência, do whisky e do suco de frutas em polpa.
Será o meu protesto.
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