Nem uma coisa nem outra
Luciano Siqueira
Tem gente que faz disso uma obsessão. E dana-se a experimentar dietas e receitas as mais diversas e, em alguns casos, contraditórias entre si.
Seja pela minha formação médica, seja pela tranquilidade diante da finitude da vida, encaro tudo com muita naturalidade.
Mas tem dois constrangimentos que desejo evitar: o mal de Alzheimer e a úlcera péptica duodenal (ou mesmo um persistente e incômodo refluxo gastroesofágico).
Acontece que o Lile Neuroscience and Cognition, instituição francesa de pesquisa, acaba de anunciar a suposta eficácia da cafeína no combate ao Alzheimer.
O detalhe está na propriedade que a cafeína tem de agir sobre os receptores neurológicos responsáveis pela perda das sinapses e, por consequência, da memória.
Por enquanto, a acidez gástrica excessiva ainda me visita esporadicamente — ou de modo persistente quando, em período curto, abuso do álcool e do café.
E a memória vai bem, obrigado.
E espero completar meu ciclo de vida sem ter que enfrentar o dilema de suportar os incômodos de um refluxo gastroesofágico persistente por tomar café em demasia na expectativa de preservar a memória.
Contradição da ciência? Certamente não. Apenas dilema do leigo que não tem a paciência necessária para se aprofundar no assunto...
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