Uma praga do século 21
Luciano
Siqueira
Luis Nassif descreve com verve e indignação o tormento que viveu como cliente da Vivo e assinante do jornal Valor Econômico, https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/03/dialogando-com-robos.html?m=1 às voltas com robôs.
Já vivi situações semelhantes muitas vezes. Não apenas agora, mesmo no
tempo em que o atendimento ao cliente ainda acontecia com vozes humanas.
Deixei de fazer seguro de carro no Banco do Brasil, por exemplo, pela
absoluta dificuldade de comunicar pelo famoso 0800 um "sinistro"
ocorrido com o carro de uma das filhas e portanto ter o devido atendimento como
cliente.
Nem a ajuda de um funcionário da agência que funcionava na Prefeitura do
Recife (eu era vice-prefeito) deu jeito.
Atendentes me passavam de mão em mão numa sequência interminável e
absolutamente improdutiva.
O atendimento ao cliente da Claro é absurdamente irritante. Uma voz
feminina imperturbável (IA, evidentemente) pede para o cliente digitar números
sucessivos, que correspondem a alternativas de solução do caso concreto que
está sendo tratado e ainda sugere que o próprio cliente experimente consertar
possível defeito no roteador ou em outro equipamento supostamente defeituoso.
Eu me recuso, reafirmando minha condição de cliente, que paga caro pelo
plano e tem todo o direito à visita de um técnico.
É preciso ir a uma loja no shopping, tendo antes que denunciar o caso
nas redes sociais.
Clínicas e hospitais, idem. Só atendem pelo WhatsApp e interditam
qualquer comunicação em viva voz!
Nem sou assim tão analógico, como se diz. Comunico-me pela internet com
razoável desenvoltura, mas me recuso em absoluto a cumprir ordens de um robô à
guisa de atendimento ao cliente!
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