Covardia, indisciplina, banditismo: pilares do bolsonarismo
Enio Lins, www.eniolins.com.br
Jair foi um oficial medíocre que se destacou por três características: covardia,
indisciplina e quebra da hierarquia. Esses três pilares de sua personalidade
despontaram desde quando sua projeção como “líder sindical” dos militares
cariocas.
Em 1986, obscuro capitão, resolveu agitar a tropa contra seus superiores usando a
bandeira dos “baixos salários”, mas na verdade buscava cindir as Forças
Armadas, investindo particularmente contra o Ministro do Exército.
Insuflado pelos
porões da ditatura recém-morta, aceitou o papel de agente
provocador da extrema-direita contra seus superiores (embora direitistas) leais
ao processo democrático. Foi preso, processado e condenado pela Justiça Militar.
Acovardado, negou o que tinha dito e (literalmente) desenhado. Num
segundo julgamento, o Superior Tribunal Militar o descondenou numa decisão
dividida (9x4), em provável acordo para o indisciplinado deixar o Exército.
Livre da farda, o descondenado enveredou pela politicagem profissional
a partir de 1988, primeiro como vereador e a partir daí, deputado federal,
sempre filiado ao partido governista mais ligado à corrupção – inclusive
durante os governos petistas.
Quem o idolatra, salvo honrosas exceções (como os oficiais-superiores
que romperam com seu governo), segue o mantra: covardia, indisciplina, quebra
de hierarquia. A esses três pilares, mais um foi acrescentado – o banditismo
miliciano.
Covardia,
indisciplina, quebra de hierarquia, banditismo foi o que rolou em Brasília no dia 8 de janeiro. Jair
deixa suas digitais por onde rasteja e, como quadrúpede, em duplo par: no lado
dos terroristas e no lado das polícias que deveriam combater o terrorismo.
Dermatóglifos do Jair estão em todo lugar, nos alvos das depredações e saques
feitos pelo gado em fúria. Mas suas digitais mitológicas chamam mais atenção na
conivência e cumplicidade de parte dos militares para com os terroristas.
Câncer em quaisquer
organismos, o bolsonarismo é ainda mais maligno entre
policiais e militares pelo culto à covardia, indisciplina, quebra de hierarquia
e banditismo. Isso pôde ser visto num ensandecido coronel da reserva
filmando-se ao insultar os generais legalistas como “filhos da puta” e, depois
de exonerado da sinecura que ocupava, se desculpando em mimimi.
Extirpar o tumor
maligno bolsonarista e suas metástases espalhadas
por todo país, é medida urgente urgentíssima para a sobrevivência da Democracia
e para a própria dignidade das Forças Armadas e das instituições policiais.
As múltiplas faces do que
acontece https://bit.ly/3Ye45TD
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