24 janeiro 2023

Em 50 mil anos...

O cometa verde que se aproxima da Terra pela 1ª vez em 50 mil anos

Um cometa verde brilhante deve passar pelo espaço próximo à Terra pela primeira vez em 50 mil anos, sendo possível avistá-lo durante cerca de um mês.
Chloe Kim e Madeline Halpert/BBC Brasil

 

No hemisfério Sul - e, portanto, no Brasil -, será possível vê-lo a partir do início de fevereiro.

Funcionários da agência espacial americana Nasa disseram que o cometa foi visto pela primeira vez em março de 2022, quando estava dentro da órbita de Júpiter.

A partir desta quinta-feira (19/1), ele já pode ser visto com auxílio de binóculos para quem está no hemisfério Norte.

Ele estará mais próximo da Terra em 2 de fevereiro, disseram os cientistas.

"Os cometas são notoriamente imprevisíveis, mas se este continuar com sua tendência atual de brilho, será fácil detectá-lo", escreveu a Nasa em seu blog no início deste mês.

"É possível que ele fique visível a olho nu em céus escuros", disse.

O corpo celeste gelado, batizado de C/2022 E3 (ZTF), chegou ao ponto mais próximo ao Sol de sua trajetória no dia 12 de janeiro. No dia 2 de fevereiro, ele chegará ao ponto mais próximo da Terra.

Nesse ponto, ele estará a "apenas" cerca de 42 milhões de quilômetros de distância do planeta, de acordo com a entidade de astronomia Planetary Society.

O professor aposentado do ensino médio e astrofotógrafo amador Dan Bartlett tem capturado imagens do cometa de sua casa perto do Parque Nacional de Yosemite, na Califórnia. Ele diz que olhar para o céu é uma experiência que o faz se sentir pequeno diante da imensidão.

Ele recomenda que as pessoas usem binóculos em lugares escuros para observar o fenômeno.

Ele mantém dois telescópios em sua varanda em June Lake. Nas noites sem nuvens e de céu escuro, ele consegue fazer fotos impressionantes.

"Sempre que você tem um sistema de lago ou oceano ao seu redor, isso causa um fluxo de ar mais suave. Isso significa que as estrelas não piscam tanto, então você obtém mais detalhes", explicou ele.

Para observadores no hemisfério Norte sem telescópio, o cometa aparecerá como uma "mancha fraca e esverdeada no céu". Quem tiver um telescópio poderá ver a cauda do cometa, diz a Planetary Society.

Um brilho verde será visível para os observadores no hemisfério Norte no céu da manhã, à medida que o cometa se move para noroeste durante o mês de janeiro. No hemisfério Sul será possível vê-lo em fevereiro, diz a Nasa.

Não se espera que o cometa seja um "espetáculo" como o cometa 2020 NEOWISE, o mais brilhante visível do hemisfério Norte desde 1997, disse a Nasa.

Mas ainda será "uma oportunidade incrível de fazer uma conexão pessoal com um visitante gelado do distante sistema solar externo", segundo a Nasa.

O cometa leva cerca de 50 mil anos para orbitar o Sol, então "a oportunidade de vê-lo só acontecerá uma vez na vida", diz a Planetary Society.

A realidade é furta-cor https://bit.ly/3Ye45TD

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