Todo mundo de um
mesmo lado? Quase
Luciano Siqueira
A expressão
"todos pela democracia" tem sido pronunciada desde a noite de ontem,
quando vieram a público, gradativamente, manifestações contrárias aos atos
terroristas praticados por bolsonaristas em Brasília.
Não apenas os titulares
dos poderes da República.
Governadores do
estado, alguns deles sabidamente de direita, órgãos representativos de diversos
setores profissionais e empresariais, personalidades de expressão nacional e
tantos outros condenaram firmemente os crimes cometidos por apoiadores do
ex-presidente Jair Bolsonaro.
A cada instante se
expande uma onda de pronunciamentos em defesa da democracia
O subproduto natural
é o enfraquecimento da extrema direita bolsonarista e o isolamento político do
seu líder.
De fato, houve uma
tentativa de golpe.
A estratégia parece
ter sido criar o caos com a ocupação dos edifícios sede dos Três Poderes da
República, propiciando a intervenção militar.
O fato é que o
movimento golpista se isola e se efraquece. Na quebra de braços com a ampla
frente democrática, perde força.
É óbvio que não se
pode dizer que agora todos estão do mesmo lado.
Mas na medida em que,
concomitantemente com a resposta institucional, ganhe as ruas o mais amplo
movimento de defesa da democracia esse isolamento se aprofundará mais
ainda.
Será possível, assim,
impedir que novas tentativas golpistas aconteçam.
Verso e reverso do que acontece https://bit.ly/3Ye45TD
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