A crítica precipitada
não esclarece nem ajuda
Luciano Siqueira
Acompanho o futebol
como torcedor desde a primeira infância. Fui precário peladeiro. E sempre estive
muito atento ao que dizem os analistas qualificados desse emocionante esporte.
Com eles aprendi que
é preciso esperar pelo menos uns 15 minutos do primeiro tempo para emitir algum
juízo de valor sobre os contendores. Salvo se um deles cometer erros
desastrosos logo no início da partida.
O mesmo cabe à
análise crítica de novos governos. Na minha experiência de vice-prefeito do
Recife, por quatro mandatos, percebi que os três primeiros meses são cruciais.
Seja porque o governante tem o desafio de pegar o boi pelo chifre e resolver
alguns problemas imediatos de interesse sensível da população; seja porque é o
tempo necessário para que cada secretário constitua a sua equipe, tome pé na
realidade administrativa herdada e possa ensaiar intenções e métodos.
Vale agora para o
governo Lula e para os governos estaduais.
É preciso ter
paciência e observar atentamente, sobretudo, a realidade dos fatos.
Há muita precipitação
da parte de analistas da grande mídia e também da militância digital de
variadas correntes políticas.
Nem elogios
exagerados, nem a crítica precipitada — pois em nada ajudam a compreensão da
realidade como de fato ela é.
Faz parte da educação
política de todos nós o esforço sincero de análise concreta da realidade
concreta, como se diz na tradição marxista.
Em variados graus,
uma atitude consequente passiva de ser adotada por cada um de nós.
A realidade é furta-cor https://bit.ly/3Ye45TD
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