Anistia improvável
Luciano Siqueira
Em seus discursos de
posse, o presidente Lula afirmou, com destaque, que fará um governo de
reconstrução nacional, incluindo a superação de divisões entre brasileiros e
brasileiras semeadas pela cultura do ódio.
Por outro lado,
também mencionou que aqueles e aquelas que praticaram crime de responsabilidade
— especialmente relacionados com o morticínio causado pela pandemia da covid-19
— terão que responder criminalmente, resguardado o amplo direito de defesa.
Entre os que
cometeram crimes e poderão ser responsabilizados perante a Justiça, está
obviamente o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em meu canal no
YouTube, logo após concluídos os trabalhos da CPI no Senado, que apurou
responsabilidades do então presidente e alguns dos seus ministros e auxiliares,
listei os crimes pelos quais terá que responder https://youtu.be/sJ2lSvc193E
Hoje, transcrevi aqui
no blog https://bit.ly/3Q8I7he uma esclarecedora matéria publicada no
Le Monde Diplomatic tratando do tema.
Em síntese, mais cedo
ou mais tarde o ex-presidente da República terá que prestar contas dos ilícitos
que cometeu.
Ele próprio parece
considerar a hipótese incontornável. Numa de suas lives, em seus arroubos
antidemocráticos, chegou a dizer que não seria preso, antes disso preferia ser
morto.
Por fim, a fuga para
os Estados Unidos, antes de concluído plenamente o seu mandato, ensaia uma
provável futura condição de foragido.
O fato é que tamanha
é a dimensão dos seus crimes de responsabilidade e contra a Humanidade que a
hipótese de uma anistia parece de todo improvável.
O futuro dirá.
A pressa é inimiga da opinião https://bit.ly/3n47CDe
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