Desconexão suspeita
Luciano Siqueira
O mínimo que se espera de qualquer analista, seja qual for o objeto da análise, é a conexão entre fatores, razões e fatos.
A cobertura da grande mídia brasileira a serviço do capital financeiro e do agronegócio exportador, sempre com um pé atrás em relação ao governo Lula, quando trata da chamada mini reforma ministerial faz uma intencional separação entre a natureza das concessões ao centrão e a correlação de forças real, que se expressa de maneira contundente no parlamento, em particular na Câmara dos Deputados.
Pois bem. O que mais se lê agora, às vésperas do anúncio dos novos ministros, é a crítica velada ou aberta do que se considera concessões exageradas do presidente ao centrão.
Tudo é dito e apresentado como equívoco do governo, fragilidade do presidente.
Como se fosse possível governar contando com apenas 130 votos dos 513 da Câmara dos Deputados.
Ou como se fosse possível deslocar do campo preliminarmente oposicionista uma parcela suficiente de parlamentares para formar a maioria sem nenhuma concessão.
Vão-se anéis para não perder os dedos, vaticina a sabedoria popular.
É o que acontece com a chegada ao primeiro escalão do governo de representantes do centrão, ligados aos partidos PP, Republicanos e União Brasil.
Só não entende quem não quer.
Governo edita medida provisória para taxar fundos de super-ricos https://tinyurl.com/4wx76t57
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