Minha opinião

Olhar atento ao BRICS
Luciano Siqueira

 

A superficialidade na análise da realidade concreta é ruim sob todos os aspectos. Freqüentemente tradu opinião tendenciosa.

Acontece agora com a cobertura que a grande mídia brasileira fez da reunião de cúpula do BRICS, na África do Sul.

O ingresso da Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã nesse importante bloco de cooperação é tratado com desdém ou sob a ótica de contradições menores, mas ampliadas por lentes distorcidas.

Entretanto, os fatos tendem a pesar mais do que os arautos do mercado financeiro vinculado aos interesses norte-americanos desejam.

Aqui no blog, conforme anunciei no Instagram https://tinyurl.com/22t6dne3 no Facebook, transcrevo textos diversos, inclusive da mídia internacional, cujo conteúdo possibilita opiniões críticas, justamente para acentuar o peso do BRICS dentre os múltiplos fatores que concorrem para a transição do desenho geopolítico mundial de uma conformação unipolar (sobre hegemonia norte-americana) para um novo desenho multipolar.

Basta considerar a possibilidade de adoção de moeda própria — como propôs o presidente Lula em sua fala na reunião de cúpula — a valer nas transações comerciais entre os países.

Evidente que cada país integrante do bloco tem seus próprios interesses e cada um ostenta força própria relativa.

É inegável a preponderância da República Popular da China, mais pelo seu peso político e econômico do que por pretensão hegemonista.

Cabe ao Brasil, mediante política externa soberana e proativa, construir com habilidade as melhores alternativas que representem seus interesses próprios no bloco e nas relações do bloco na cena internacional como um todo.

Acompanhemos.

Os desafios e os dilemas atuais do BRICS https://tinyurl.com/4h7awstp