Luís Carlos Paes de Castro*
Entre os dias 22 e 24 de agosto na 15a. Cúpula do Brics, o mundo deu um passo decisivo na consolidação de uma Nova Ordem Mundial.
Os tempos de um mundo unipolar, a partir da queda da União Soviética, no início da década de 1990, quando os EUA assumiram o papel de xerifes do mundo, sofre um golpe extraordinário com a incorporação de seis novos países ao Brics, além de dezenas de outros parceiros.
Embora ainda tenha um poderio muito grande do ponto de vista econômico, cultural e militar é cristalino para qualquer analista, minimamente isento, a constatação do declínio relativo do Império americano e de seus vassalos europeus, diante do surgimento de novas potências regionais como a Rússia, a Índia, o Irã, a Turquia, o Brasil e, em especial, a China socialista, país que em breve, será a economia mais importante do planeta.
No Brasil, a grande mídia e aqueles que repercutem sua narrativa entram em desespero. Tentam a todo custo reduzir o alcance deste episódio, ao mesmo tempo em que menosprezam a força da união deste bloco de países com território, população e economia superiores ao G7, além de poderosa capacidade de defesa.
Teimam em defender os interesses imperiais e seus falsos argumentos mas não conseguem encobrir a realidade.
Falam em divergências e interesses contraditórios no bloco, atacam seus regimes políticos e tentam passar a ideia de que fortalecem um novo império chinês.
Não compreendem que estes e dezenas de outros países na Ásia, na África e na América Latina não aceitam mais desempenhar o papel de neocolonias dos Estados Unidos e da Europa e estão determinados a construir um mundo novo, multipolar, onde todos possam aspirar ao desenvolvimento e à paz, preservando suas características e culturas próprias, rejeitando a imposição de um modelo único de civilização.
*Presidente do PCdoB no Ceará
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