Algoritmos que nem carrapato
Luciano Siqueira
Se bem compreendo, os algoritmos escolhem o internauta a partir da captação dos seus interesses mais frequentes.
Às vezes não acertam precisamente.
No Instagram, por exemplo, sigo vários fotógrafos do mundo inteiro. É o suficiente para aparecer na minha timeline fotos indiscriminadas, que vão desde paisagens obtusas a modelos femininos em poses supostamente sensuais.
Mensagens semelhantes grudam na gente feito carrapato como punição para quem provoca os algoritmos inadvertidamente.
Acredito que pelo fato de ter escrito recentemente umas três crônicas a propósito do envelhecimento ou do comportamento na chamada idade provecta, nos últimos dias tem sido uma chatice: ao entrar na internet por qualquer caminho — do e-mail às redes — sou constrangido a encarar anúncios comerciais, notícias sobre personagens idosas ou dicas de saúde para quem já viveu muito e pretende seguir adiante.
Agora, para me ver livre da reincidente temática, ou escrevo repetidas crônicas sobre a infância e a juventude ou outro tema afim ou simplesmente aguardo que espontaneamente os algoritmos deixem de me perseguir.
Ou pelo menos mudem de assunto.
Os fatos num labirinto https://bit.ly/3Ye45TD
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