Uma velha ideia na moda
Luciano Siqueira
Não sei exatamente a razão, nos últimos três dias tenho lido e ouvido e até visto na TV, com frequência, o uso da expressão imediatismo — em sentido crítico, de rejeição.
Gente metida em empreitadas aparentemente difíceis, amargando resultados iniialmente pífios, retruca os que supostamente lhes cobram o êxito antes do tempo.
Cá com meus modestíssimos botões, assisto de camarote.
Praticamente a vida inteira tenho sido militante empenhado na luta pela superação do capitalismo. E, com muita frequência, cobrado sobre a perspectiva, ou seja, qual o horizonte visível do sonho socialista?
E, de fato e com razão, sempre respondi que esta é uma causa a ser perseguida livre de qualquer expectativa e imediatista, pois haverá de ser fruto de longa caminhada palmilhada por conflitos de diversas dimensões e pelo acúmulo paulatino de consciência e de força organizada por parte dos milhões que constituem a maioria da nação e sobrevivem do próprio trabalho.
O fato é que a expressão "não seja imediatista" agora parece estar na moda.
Ou será mera coincidência?
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