Ministérios pesam, mas nem tanto
Luciano
Siqueira
Ainda estamos na primeira semana do ano novo e a especulação em torno de uma reforma ministerial tende a crescer.
Natural que aconteça. Tanto em busca de maior eficiência em alguns
casos, como na tentativa de ajustar melhor as alianças políticas.
Mas, em que medida a troca de ministros poderá ampliar a base do governo
no Congresso Nacional?
Agora, menos do que antigamente.
Como citei em artigo para o Portal Grabois, em
termos nominais, as emendas parlamentares pularam de R$ 6,14 bilhões em valores
empenhados em 2014 para um total autorizado de R$ 44,67 bilhões em 2024.
Mediante o mecanismo das emendas individuais e de comissão,
parlamentares controlam em torno de 24% do orçamento.
Ou seja, o favorecimento de suas bases eleitorais municipais em boa
parte está resolvida através das emendas e não passam necessariamente pela
presença de suas legendas partidárias no ministério.
Esta variável teve importância fundamental para a reeleição de 80% dos
prefeitos que venceram o pleito recente.
Outra variável, no sentido de fortalecer o governo, é uma aproximação
maior com a população, seja pela comunicação em suas variadas formas, seja na
abordagem direta na esteira das ações de governo.
Leia também: "Mergulhar fundo para
avançar na superfície" https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/11/meu-artigo-no-portal-da-fundacao.html
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