Luciano
Siqueira, no portal Vermelho
Seria praticamente impossível um desempenho positivo do governo e da figura da presidenta Dilma nas pesquisas de opinião em meio à múltipla crise em que o País está enredado.
Como o cidadão pesquisado pode responder positivamente em relação ao desempenho do governo se acorda todos os dias angustiado com os preços dos produtos de consumo imediato e com a ameaça de desemprego e chega ao final da noite vendo na TV o anúncio de mais um indicador "do pior momento da economia" nos últimos não sei tantos anos!?
Na última rodada divulgada pelo Datafolha no fim de semana que passou, a impopularidade do governo despencou mais uma vez: 65% dos entrevistados consideram que a gestão é ruim ou péssima; apenas 10% dizem que o atual mandato da presidenta é ótimo ou bom.
Índices semelhantes ao pior momento do governo Collor.
Perto do fim do poço, dizem alguns analistas. A causa está na economia, arrematam outros - assinalando que o desemprego rivaliza hoje com as deficiências da assistência à saúde e a corrupção no pódio do pessimismo dos brasileiros.
No Congresso Nacional, convertido em epicentro das decisões, a onda conservadora atropela tudo.
A agenda do Congresso não é a agenda da nação nem do povo.
A agenda do Congresso é a agenda do desgaste do governo a qualquer preço, inclusive com o agravamento da crise econômica e de suas consequências para a vida da maioria da população.
O ajuste fiscal, por exemplo, reconhecido quase à unanimidade como necessário, é torpedeado pela maioria parlamentar conservadora hostil ao governo, em que pese concebido em bases ortodoxas.
A correlação de forças é adversa - no parlamento e nas ruas.
Seria praticamente impossível um desempenho positivo do governo e da figura da presidenta Dilma nas pesquisas de opinião em meio à múltipla crise em que o País está enredado.
Como o cidadão pesquisado pode responder positivamente em relação ao desempenho do governo se acorda todos os dias angustiado com os preços dos produtos de consumo imediato e com a ameaça de desemprego e chega ao final da noite vendo na TV o anúncio de mais um indicador "do pior momento da economia" nos últimos não sei tantos anos!?
Na última rodada divulgada pelo Datafolha no fim de semana que passou, a impopularidade do governo despencou mais uma vez: 65% dos entrevistados consideram que a gestão é ruim ou péssima; apenas 10% dizem que o atual mandato da presidenta é ótimo ou bom.
Índices semelhantes ao pior momento do governo Collor.
Perto do fim do poço, dizem alguns analistas. A causa está na economia, arrematam outros - assinalando que o desemprego rivaliza hoje com as deficiências da assistência à saúde e a corrupção no pódio do pessimismo dos brasileiros.
No Congresso Nacional, convertido em epicentro das decisões, a onda conservadora atropela tudo.
A agenda do Congresso não é a agenda da nação nem do povo.
A agenda do Congresso é a agenda do desgaste do governo a qualquer preço, inclusive com o agravamento da crise econômica e de suas consequências para a vida da maioria da população.
O ajuste fiscal, por exemplo, reconhecido quase à unanimidade como necessário, é torpedeado pela maioria parlamentar conservadora hostil ao governo, em que pese concebido em bases ortodoxas.
A correlação de forças é adversa - no parlamento e nas ruas.
Tarefa
ingente é reverter essa situação - pela política. O que requer do governo capacidade
de combinar decisões anticrise com a negociação, tendo como tempero uma
comunicação precisa, hábil e compreensível.
A comunicação por si mesma não faz milagres. Ela reflete a agenda do
governo, que precisa urgentemente se fazer proativa e positiva.
E tem como fazê-lo, no veio dos pretendidos investimentos em infraestrutura compartilhados com a iniciativa privada, o Plano Safra, o Minha Casa, Minha Vida fase 3, o Plano Safra para Agricultura Familiar e o Plano de Exportações, anunciados recentemente.
Falta completar esses propósitos com a reversão da política de juros altos, fator de inibição de novos investimentos. E com uma mudança de postura do governo, de acuada para a afirmativa.
Concomitantemente, cabe ocupar o relativo vazio no campo governista (resultante da falta de coesão, da indecisão e da ausência de iniciativa) com a articulação de um bloco de resistência que aglutine forças organizadas partidárias e dos movimentos sociais e personalidades progressistas. Projetando novas lideranças, inclusive.
Para tanto, debater e difundir uma plataforma que contemple a defesa da democracia e da engenharia nacional e da Petrobras, a preservarão dos interesses fundamentais dos trabalhadores e a retomada do crescimento.
Ou seja, escapar ao fundo do poço é possível com uma reversão de perspectiva a partir da política. O ambiente econômico muda como consequência de decisões políticas.
E tem como fazê-lo, no veio dos pretendidos investimentos em infraestrutura compartilhados com a iniciativa privada, o Plano Safra, o Minha Casa, Minha Vida fase 3, o Plano Safra para Agricultura Familiar e o Plano de Exportações, anunciados recentemente.
Falta completar esses propósitos com a reversão da política de juros altos, fator de inibição de novos investimentos. E com uma mudança de postura do governo, de acuada para a afirmativa.
Concomitantemente, cabe ocupar o relativo vazio no campo governista (resultante da falta de coesão, da indecisão e da ausência de iniciativa) com a articulação de um bloco de resistência que aglutine forças organizadas partidárias e dos movimentos sociais e personalidades progressistas. Projetando novas lideranças, inclusive.
Para tanto, debater e difundir uma plataforma que contemple a defesa da democracia e da engenharia nacional e da Petrobras, a preservarão dos interesses fundamentais dos trabalhadores e a retomada do crescimento.
Ou seja, escapar ao fundo do poço é possível com uma reversão de perspectiva a partir da política. O ambiente econômico muda como consequência de decisões políticas.
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