Eduardo
Bomfim, no portal Vermelho
Tornou-se
um clichê redundante, a fórmula mágica para explicar os múltiplos fenômenos que
estão ocorrendo na sociedade de maneira cada vez mais avassaladora, rápidos e
intensos: “ora, é a globalização, tudo o que se passa no mundo nos diz
respeito, e nos afeta porque estamos conectados em uma sociedade digital”.
Criam-se então padrões globais
para tudo ou qualquer coisa, invariavelmente assimilados, dados como certos,
incontestáveis, já que são divulgados através de poderosos instrumentos
midiáticos.
Uma grande mídia cuja função
deixou de ser, há um bom tempo, informar aos leitores (mesmo como uma
informação parcial, de classe), passou a determinar a linha de conduta da
sociedade, a direção do que é verdadeiro, mesmo que falso, e o que é tido como
politicamente incorreto.
O papel crescente da grande
mídia oligárquica pode ser medido na dimensão com que ela passou a substituir,
inclusive, organizações partidárias, aquelas de caráter retrógrado do
liberalismo, recauchutado como neoliberalismo.
A face da ortodoxia econômica é
a mais sentida visto que ela produz efeitos catastróficos entre as nações. A
crise estrutural capitalista de 2008 tem se revelado um terremoto econômico,
social comparável à bancarrota de 1929.
O processo de globalização é
irreversível em várias direções como a velocidade das transações comerciais,
financeiras, comunicações, cibernética, advindas de revolução tecnológica.
Mas a verdade é que movida por
tecnologias inovadoras tem sido usada em beneficio de uma ínfima minoria de
biliardários que enriquecem à velocidade da fibra ótica em detrimento da
miséria crescente das maiorias sociais.
Como se disse, “espalham-se
novos costumes, novas tecnologias com novos mimetismos, alimentam um, antes
impensável, estoque de agressividade”. Destroem-se raízes, identidades
culturais, as liberdades individuais e coletivas dos povos vão sendo
destroçadas.
Portanto impõem em detrimento
das grandes causas e valores universais a divinização da mercadoria. A
tentativa de fazer valer uma espécie de anorexia ideológica ou mesmo mental.
Assim, tanto é verdade a
globalização, como ela não é neutra. Encontra-se sob o jugo do capital
financeiro mundial, o imperialismo, a grande mídia mundial. Contra esses
adversários os indivíduos, as nações lutam com justeza.
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