A presença indispensável
do PCdoB
Luciano Siqueira
No último fim de
semana, sábado e domingo, o Partido Comunista do Brasil-PCdoB avaliou a nova
situação política do país em reunião plenária de sua direção nacional.
A possibilidade de um
novo tempo de reconstrução nacional a partir da vitória de Lula no último pleito
é o ponto de partida da avaliação abrangente e multifacetada que os comunistas
sustentam.
A força da liderança
de Lula combinada com a construção da frente político-eleitoral a mais ampla
possível viabilizaram a vitória eleitoral.
Agora, para governar,
Lula corretamente empenha-se não apenas em preservar a frente ampla vitoriosa
como cuida de alarga-la mais ainda tendo em vista, dentre outros, três grandes
desafios (assinalados na reunião pelo ex-presidente do PCdoB, Renato Rabelo):
conquistar condições de governabilidade no Congresso Nacional, retomar o
crescimento econômico tendo a produção industrial como vértice e abordar
eficientemente a chamada "questão militar", fator de instabilidade
institucional.
Na prática, estamos
diante da possibilidade de um novo ciclo de avanços progressistas no país, cuja
dimensão e velocidade dependem do inevitável conflito entre a esquerda associada
ao centro democrático versus a extrema direita derrotada no pleito
presidencial, porém ainda detentora de muita força.
Óbvio que pelo
critério do tamanho da representação parlamentar o PCdoB não está entre os
maiores partidos do país; mas seguramente é um dos mais influentes. A tese da
frente ampla, vitoriosa, sustentada com muita firmeza e persistência pelos
comunistas, atesta o peso específico do partido como corrente política
consequente e respeitada.
Natural que tanto no
âmbito do governo como no parlamento e no conjunto da sociedade o PCdoB se veja
agora instado a multiplicar seus esforços no sentido de cumprir o papel que lhe
cabe, indispensável ao conjunto das forças do campo democrático e progressista.
Assim o faremos.
Não pode haver
no Brasil um teto fiscal que leve à fome https://bit.ly/3UtVnOS
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