Domingo sem trégua
Luciano Siqueira
Abro o WhatsApp para me atualizar sobre
as últimas mensagens e tentar, pela enésima vez, reduzir a persistente
defasagem em responder aos amigos e amigas que por esse aplicativo conversam
comigo.
É manhã de domingo. Imagino encontrar
mensagens dos últimos dias e de ontem.
Que nada! Já há um bom número mensagens
de hoje mesmo. E salvo uma dúzia de costumeiras saudações religiosas e afins,
conto pelo menos 16 que versam sobre a cena política.
Querem a minha opinião sobre questões
diversas. Qual o saldo da primeira reunião de Lula com seus ministros? Haddad
na Fazenda e Simone Tebet no Planejamento vão se entender? Quais os limites e
possibilidades de intervenção do governo federal para dissolver esses
atentatórios acampamentos de bolsonaristas radicalóides diante de quartéis do
Exército?
São perguntas assim. O registro de
opiniões do "missivista" na expectativa do meu comentário.
Bom ou ruim?
Numa acepção rasteira e de certo modo
mesquinha, isso poderia até me incomodar. Afinal, no domingo até Deus repousou
após fazer o mundo, dizem as Sagradas Escrituras.
Entretanto, no Brasil em que idosos
cada vez mais pesam pouco no convívio entre as pessoas e em atividades
produtivas — vítimas do preconceito, sobretudo —, sinto-me muito bem em ser
agradavelmente importunado na manhã de hoje por tanta gente que valoriza a
opinião desse militante comunista de mais de cinco décadas e cabelos brancos.
Faço parte do jogo e estou ali na
entrada da área pronto para fazer o gol!
Afinal, sigo à frente de uma secretaria
nacional do Comitê Central do PCdoB, desempenho funções partidárias na direção
estadual e mantenho atividade militante diuturna.
Então, um domingo assim sem trégua ao
invés de incômodo na verdade é prazeroso.
A vida segue. Viver é lutar, resumiu
certa vez Karl Marx.
Vamos em frente!
O mundo gira. Saiba mais https://bit.ly/3Ye45TD
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