Resultados no futebol são
verdadeiros enigmas da razão
Vindos da Série B, Grêmio e
Vasco venceram clássicos e podem fazer bela campanha
Tostão/Folha de S. Paulo
Gostei da ideia do interino técnico Ramon na convocação da seleção
brasileira para o amistoso contra Marrocos ao associar
jogadores que atuaram na Copa do Mundo com outros que jogam no Brasil, com
jovens que fizeram parte da seleção sub-20 e alguns com idade olímpica, menos
de 23 anos. Vários desses jovens poderão evoluir e atuar no Mundial de 2026.
Porém faltaram dois jovens importantes, que estavam presentes na
Copa de 2022: Bruno Guimarães, que continua jogando bem na Inglaterra, e,
principalmente, Martinelli, destaque do Arsenal, líder do Campeonato Inglês. Os
dois, no momento, estão acima de outros que foram convocados para suas
posições.
Pela convocação, o time que deve iniciar o jogo, a não ser que
Ramon faça várias experiências, deve ter nove jogadores que estavam no Mundial
de 2022: Éderson ou Wéverton, Marquinhos, Militão, Alex Telles, Casemiro,
Rodrygo ou Anthony, Vinicius Junior, Paquetá e Richarlison. O lateral direito
Emerson, que quase foi ao Mundial, deve ser o titular. Ao lado de Casemiro, há
três meio-campistas para uma vaga: André, João Gomes e Andrey.
Espero que, em um tempo variável, Ramon evolua, adquira muitos
conhecimentos e se torne um grande treinador. O jovem Scaloni, campeão
do mundo, que nunca tinha comandado um time na Argentina, é uma exceção.
Scaloni, que teve ótimas condutas, contou com o apoio do genial Messi e de
outros ótimos jogadores e do enorme desejo de todos em recuperar o prestígio
mundial do futebol argentino.
Além disso, não houve surpresa. A Argentina, antes do Mundial, estava no mesmo nível técnico das oito candidatas ao título. A França, teoricamente a mais forte, teve desfalques importantes, como Benzema. A Copa do Mundo é a grande festa do futebol, mas há, com frequência, uma supervalorização do nível técnico da seleção vencedora, como se ela fosse sempre espetacular e heroica.
Existe também no futebol, especialmente em campeonatos curtos,
uma sucessão de fatores surpreendentes que mudam a história do jogo. Dias
atrás, o Liverpool perdeu para o Real Madrid por 5 x 2 pela Copa dos Campeões;
em seguida, goleou o Manchester United por 7 x 0 pelo Campeonato Inglês; o
Manchester United tinha vencido o Barcelona pela Liga Europa; o Barcelona, por
sua vez, tinha ganhado do Real Madrid pelo Campeonato Espanhol. É a dança das
incertezas.
Enquanto sonho em ver a seleção brasileira mais forte em 2026,
com melhores laterais, com um craque meio-campista do nível de um Modric, um De
Bruyne, um Gerson, o da Copa de 70, com um centroavante próximo a um Ronaldo,
um Romário, um Reinaldo, continuam os campeonatos sul-americanos e os longos
estaduais.
Repito, os grandes times brasileiros, em vez de se contentarem
com o domínio do futebol sul-americano, deveriam tentar melhorar o calendário e
a qualidade para se aproximarem do nível técnico das melhores equipes
europeias.
Os desempenhos e as vitórias do Grêmio sobre o Inter e do Vasco
sobre o Flamengo mostram que Grêmio e Vasco, vindos da Série B, contrataram
ótimos jogadores e possuem grades chances de fazer excelentes campanhas na
primeira divisão.
Kleber, cruzeirense doente, dono da banca onde vou bater papo
e comprar o meu jornal, ao me ver desabafou após o último jogo do Cruzeiro:
"Estou horrorizado com a atuação do time". Eu também fiquei
preocupado com a campanha do time na primeira divisão do Brasileirão.
As emoções dão cor à vida https://bit.ly/3n47CDe
Nenhum comentário:
Postar um comentário