Os retratos fantasmas de um sistema em decomposição
Documentário de Kleber Mendonça, denuncia o impacto da dominação cultural estrangeira e a degradação do patrimônio cultural brasileiro.
Marcos Aurelio Ruy/Vermelho
O documentário Retratos Fantasmas, de Kleber Mendonça Filho, já está na Netflix, mas não chega ao ABC Paulista, tão perto da capital paulista, tão longe da cultura. Se isso acontece na Região Metropolitana de São Paulo, que se dirá nos rincões deste enorme país.
Essa triste realidade de o cinema brasileiro sempre perder por prevalecer em grande parte, exibidoras, distribuidoras e divulgadoras multinacionais que privilegiam produções estadunidenses, já é um pouco a temática do documentário, candidato brasileiro ao Oscar de melhor filme estrangeiro.
Mas o filme de Kleber Mendonça vai além e apresenta, com rara sensibilidade a destruição, o abandono e a decadência causados por um sistema que desumaniza todas as relações por causa do vil metal, que corrói corações e mentes e tenta destruir a cultura de resistência.
Além disso, o filme mostra também a degradação da vida pública e, por isso, o fechamento de todos os locais que servem para juntar pessoas por quaisquer interesses. É a selva de pedra vazia, por isso os retratos são fantasmas. Os capitalistas querem ser donos de tudo: Das construções, das terras, das águas, das florestas e de tudo o que puder lhes proporcionar lucros, sem se importar com a vida de ninguém além deles próprios.
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