20 fevereiro 2024

Tendência ao crescimento

Prévia do PIB indica crescimento de 2,45% da economia brasileira

A informação foi divulgada nesta segunda-feira (19) pelo BC. O avanço foi superior as projeções do mercado que apostava numa alta de 0,7% na comparação mensal
Iram Alfaia/Vermelho


 

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registra alta de 0,82% em dezembro, ante o crescimento de 0,1% em novembro. Esse indicador, que é considerado prévia do PIB, projeta um crescimento de 2,45% da economia brasileira em 2023.

A informação foi divulgada nesta segunda-feira (19) pelo BC. O avanço foi superior as projeções do mercado que apostava numa alta de 0,7% na comparação mensal.

Também houve uma interrupção de três quedas consecutivas. Em setembro e outubro o recuo foi de 0,06% e, em agosto, a retração foi de 0,77%.

Os números oficiais do PIB brasileiro só serão divulgados em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em nota, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda já havia alertado que as projeções pessimistas do início do ano passado estavam equivocadas.

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“Esses erros poderiam ter sido significativamente menores se considerado um conjunto de informações já disponível no início de 2023”, diz um trecho da nota.

Para o setor agropecuário, por exemplo, já era possível prever crescimento próximo a 10% com base nos dados dos primeiros prognósticos para a safra de 2023.

“Após a aprovação da PEC da transição, a expansão dos benefícios sociais também não foi nenhuma surpresa. Os reajustes do bolsa-família e do salário mínimo, com impacto também nos benefícios previdenciários e de prestação continuada, já haviam sido anunciados mesmo antes do início de 2023”, recorda a SPE.

A nota também ressalta que o aumento do bolsa-família e dos benefícios previdenciários e de prestação continuada impulsionaram o consumo em 2023, estimulando a criação de novos postos de trabalho, o aumento na massa de rendimentos e, novamente, a expansão do consumo.

2024

Para 2024, a previsão de crescimento do PIB é 2,2% em 2024, quando se aposta na recuperação do investimento.

“Vários são os vetores que devem auxiliar no desempenho da formação bruta de capital, com destaque para os menores spreads e juros reais no mercado de crédito; para a expansão das emissões de debêntures incentivadas e possibilidade de emissão de debêntures de infraestrutura; para o fundo clima e para os incentivos concedidos por bancos públicos à inovação e exportações; para o PAC e Minha Casa Minha Vida; para o novo marco de garantias e estímulos à realização de PPPs; para a atração de capital estrangeiro com o Plano de Transformação Ecológica e para a política de depreciação acelerada, que deverá estimular a neoindustrialização”, cita a SPE.

A SPE aponta que o retorno do investimento é prerrogativa essencial para que a produtividade do país, que parece ter ganhado impulso em 2023, volte de fato a crescer.

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