06 junho 2024

Greve das federais: a palavra do PCdoB

PCdoB se posiciona sobre greve nas instituições federais de ensino

André Cintra/www.pcdob.org.br 

 

Em nota divulgada nesta quinta-feira (6) por sua Secretaria Sindical Nacional, o PCdoB se posicionou sobre a greve nas instituições federais de ensino. Professores e técnicos-administrativos estão parados em busca de reajuste salarial digno já neste ano, enquanto o governo Lula se compromete com aumento real a partir de 2025.

De acordo com o Partido, “ao mesmo tempo que a reivindicação de reajuste salarial, modificações na carreira e o chamado ‘revogaço’ são justas, é preciso parcimônia para que setores esquerdistas irresponsáveis não usem o movimento como forma de desgaste ao governo Lula”.

Confira a íntegra da nota.

A Secretaria Sindical Nacional do PCdoB, após ouvir representantes das frações sindicais comunistas na CTB, Proifes, Sinasefe e Fasubra e considerando o relato dado pelos camaradas sobre o atual momento de greve da educação pública federal no país, apresenta o seguinte posicionamento:

O PCdoB entende que greve é um direito legítimo do trabalhador. Portanto, à medida que se aprofunda a participação popular, marca dos governos liderados por Lula, é esperado que aumentem também as reivindicações da classe trabalhadora, em especial após o arrocho salarial visto após o golpe de 2016.

O fato de termos quatro entidades sindicais negociando com o governo federal, ou seja, cada categoria/segmento com seus diferentes interesses, leva naturalmente ao aparecimento de opiniões distintas, o que é saudável no processo democrático.

É preciso reconhecer que o movimento grevista está afetando maioria das IFEs, sendo necessário, portanto, o governo enfrentar e resolver logo este problema que acarreta prejuízos incalculáveis aos estudantes e a sociedade como um todo.

Ao mesmo tempo que a reivindicação de reajuste salarial, modificações na carreira e o chamado “revogaço” são justas, é preciso parcimônia para que setores esquerdistas irresponsáveis não usem o movimento como forma de desgaste ao governo Lula.

A defasagem salarial dos servidores técnico-administrativos em educação é um fato reconhecido. A valorização da carreira merece atenção por parte do governo e, na medida em que o final do processo de negociação parece se aproximar, é mister buscar acenos do executivo federal para a melhoria salarial da categoria mais mal remunerada do serviço público federal.

O governo e seus negociadores precisam de mais paciência e habilidade política para tratar de situações complexas, de modo que as soluções apresentadas nas mesas específicas não se tornem mais um desgaste perante os trabalhadores da Educação.

Repudiamos qualquer tentativa de protofascistas que tentam usar a luta grevista de maneira oportunista, como visto nos últimos dias por deputados extremistas na Câmara dos Deputados.

Artigos, abaixo assinados e documentos feitos por filiados, publicados nos variados veículos de comunicação e anteriores a esta nota, não representam a opinião do coletivo partidário, sendo manifestações individuais.

Da mesma forma, conclamamos nossos militantes a exercerem o respeito e a camaradagem entre aqueles que executam tarefas nas diversas frações partidárias, bem como em grupos e postagens nas redes sociais, evitando discussões desnecessárias e entendendo que somos parte do todo, ou seja, membros do PCdoB.

É clara e evidente a necessidade de mais verbas para as Universidades e Institutos Federais. Sendo assim, a política do déficit zero do Ministério da Fazenda precisa ser revista, para que se tenha investimento no futuro do país e nossas IFEs não colapsem, como está próximo de ocorrer.

Mudar a política de juros do Banco Central é imperativo para fazer o País crescer e termos mais dinheiro no orçamento público. Sendo assim, conclamamos todos os movimentos sociais do país para encamparmos o “Fora Campos Neto”, uma vez que o atual presidente do Banco Central é um representante do rentismo e adversário dos interesses do país

Por último, e não menos importante, vale lembrar que vencemos Bolsonaro por uma margem mínima (cerca de 2 milhões de votos). Apesar de tal derrota, o bolsonarismo não morreu, sendo representado por vários governadores e possuindo uma bancada expressiva nas variadas casas legislativas. Portanto, o êxito do governo Lula significa o êxito da democracia, e é por ela que os comunistas seguirão lutando!

Leia também: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2023/05/minha-opiniao_11.html

Nenhum comentário: