Por que se mantém a ameaça das fake news?
Luciano Siqueira
A ministra Cármen Lúcia assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral-TSE, substituindo o antecessor Alexandre de Moraes.
Diz-se, com razão, que a nova presidente terá como principal desafio o enfrentamento das fake news nas eleições municipais vindouras.
Ou seja, terá que mobilizar todo um instrumental jurídico e os mecanismos de fiscalização para coibir a prática de um instrumento por natureza antidemocrático.
E os que a praticam o fazem brandindo a bandeira da liberdade de expressão!
É a extrema direita que aqui em mundo afora vale-se das chamadas redes sociais — com o apoio escancarado das chamadas big techs — para disseminar mentiras destinadas a enfraquecer e, se possível, desmoralizar adversários.
Tudo em favor do ultra conservadorismo nos costumes e de uma profissão de fé extremada ao Deus Mercado.
Subproduto do sistema capitalista vigente, em crise continuada, que compensa a queda tendencial da taxa média de lucro com a subtração de direitos fundamentais, num cenário geral de concentração cada vez maior da produção, da renda e da riqueza e a exclusão progressiva dos que vivem da sua força de trabalho.
A questão, portanto, que se coloca na primeira linha de prioridades do TSE diz respeito ao definhamento da democracia liberal burguesa.
Os que concentram em suas mãos o capital e o poder político tornam-se inimigos ferozes do debate de ideias precisamente porque nada têm mais a oferecer.
Leia também: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2023/05/propagacao-da-mentira.html
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