Luciano Siqueira
Essa equação é velha, sobretudo a partir da chamada revolução tecnológica 4.0 — mas inquieta sempre.
O 'Mercado Livre' anuncia a introdução de mais 300 robôs que separam até 100 mil encomendas por dia para um dos seus centros de distribuição em São Paulo.
É o emprego de mais tecnologia em nome da eficiência, tendo como consequência inevitável a redução de postos de trabalho.
Numa das minhas viagens a China, onde a tecnologia de ponta avança incessantemente, presenciei centenas de trabalhadores empenhados na manutenção de estradas ultra modernas realizando trabalho manual.
Perguntei a uma autoridade municipal porque ainda se empregava "carro de mão" para aquele serviço, quando se sabe que há recursos tecnológicos para esse fim.
A resposta foi clara: a necessidade de ofertar oportunidade de trabalho para uma mão de obra pouco qualificada e ainda numerosa.
Ou seja, o equilíbrio entre a tecnologia avançada e o interesse social. Próprio de um país em transição ao socialismo.
Porém no Brasil, inserido no mundo e na lógica capitalista, uma solução como essa nem pensar.
Empresas privadas buscam o lucro máximo. Não assumem compromisso com a contenção do desemprego.
Nem há mecanismos jurídicos vigentes que as obrigam a tanto.
No futuro que almejamos mediante a luta dos trabalhadores e do povo brasileiro, certamente nossas soluções serão outras.
Leia também: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2023/01/a-dimensao-marxista-das-forcas.html
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