11 junho 2024

Minha opinião/quem se aproxima de quem?

Semelhanças e diferenças 

Luciano Siqueira 

 
Leio que cientistas estudam muito a sério uma questão atroz — como diria meu falecido amigo-irmão, colega de turma na Faculdade de Medicina e competente psiquiatra José Carlos Souto. 
 
Atroz é o que me parece. 
 
O objeto da pesquisa é verificar se nós humanos temos tendência mais natural para nos relacionarmos mais proximamente com aqueles e aquelas que se parecem conosco ou com os evidentemente diferentes. 
 
Sinceramente, não sei exatamente por que a questão é pesquisada em centros universitários de primeira linha. 
 
Nem a que conclusões — e serventia — pretendem chegar.
 
Pode ser até que haja, de modo velado ou explícito, interesse comercial na pesquisa. 
 
Porque o capitalismo dos nossos dias pesquisa tudo no comportamento dos humanos tendo como objeto encontrar a melhor forma de oferecer produtos a serem consumidos. 
 
Questão de lucro, em última instância. 
 
Não estou entre os entrevistados pelos ditos cientistas, obviamente. 
 
Se me perguntassem, mesmo correndo o risco de ser acusado de permanecer "em cima do muro", eu diria: tanto faz. 
 
Por uma razão muito simples, a meu juízo: todas as pessoas podem ser interessantes, contanto que as observemos atentamente e de suas ideias e comportamentos possamos extrair bons exemplos, para compreender melhor a vida e para melhorá-la.
 
Postura militante? Pode ser. 
 
Afinal, na peleja política desde a adolescência até os dias que correm, quando vivo intensamente a sétima década da minha existência, a mim não me parece furtado o direito de pensar politicamente, inclusive sobre as as emoções humanas.

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