Semelhanças e diferenças
Luciano Siqueira
Leio que cientistas estudam muito a sério uma questão atroz — como diria meu falecido amigo-irmão, colega de turma na Faculdade de Medicina e competente psiquiatra José Carlos Souto.
Atroz é o que me parece.
O objeto da pesquisa é verificar se nós humanos temos tendência mais natural para nos relacionarmos mais proximamente com aqueles e aquelas que se parecem conosco ou com os evidentemente diferentes.
Sinceramente, não sei exatamente por que a questão é pesquisada em centros universitários de primeira linha.
Nem a que conclusões — e serventia — pretendem chegar.
Pode ser até que haja, de modo velado ou explícito, interesse comercial na pesquisa.
Porque o capitalismo dos nossos dias pesquisa tudo no comportamento dos humanos tendo como objeto encontrar a melhor forma de oferecer produtos a serem consumidos.
Questão de lucro, em última instância.
Não estou entre os entrevistados pelos ditos cientistas, obviamente.
Se me perguntassem, mesmo correndo o risco de ser acusado de permanecer "em cima do muro", eu diria: tanto faz.
Por uma razão muito simples, a meu juízo: todas as pessoas podem ser interessantes, contanto que as observemos atentamente e de suas ideias e comportamentos possamos extrair bons exemplos, para compreender melhor a vida e para melhorá-la.
Postura militante? Pode ser.
Afinal, na peleja política desde a adolescência até os dias que correm, quando vivo intensamente a sétima década da minha existência, a mim não me parece furtado o direito de pensar politicamente, inclusive sobre as as emoções humanas.
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