Trump e o caos em ordem
Luciano Siqueira
instagram.com/lucianosiqueira65
Sucedem-se na grande mídia dominante manifestações de espanto e desacordo em relação à conduta do presidente dos EUA, Donald Trump.
Nada
antes desconhecido. Portanto, surpresa apenas mediana.
Em
editorial, a Folha de S. Paulo faz referência às concepções do Trump empresário
de natureza arrivista: “Se está mantido o
ideário negocial do Trump de quase 40 anos atrás, todas as ameaças seguem uma
lógica: tumultuar o ambiente e assustar ao máximo o rival com exigências
absurdas para, ao fim, arrancar concessões.”
Na verdade, as circunstâncias mundiais e norte-americanas que
possibilitam a eleição de um presidente desse naipe é que reclamam mais atenção
dos analistas.
Foi precisamente na esteira da crise profunda do capitalismo
que antecedeu a Segunda Guerra Mundial que surgiram figuras como Hitler,
Mussolini, Franco, Salazar e outros menos destacados.
O fenômeno se repete com roupagem atualizada.
O caos aparente que o atual presidente norte-americano parece
instalar no Estado e sua política externa anárquica têm tudo a ver com o esperneio
de grande potência em decadência.
Do ponto de vista da facção dominante do Partido Republicano
e do stablishment, Trump age com coerência.
Uma espécie de caos em ordem.
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