No mato sem cachorro
Luciano
Siqueira
instagram.com/lucianosiqueira65
Articulistas do complexo midiático dominante no Brasil preservam suas carreiras e se fazem conhecidos — por que catapultados pelas empresas a que servem — defendendo, de maneira clara ou elíptica, os padrões neoliberais vigentes.
Convictamente submissos, sempre tiveram nos Estados Unidos seu principal
padrão de referência.
Agora, com o tarifaço promovido por Donald Trump — sucessivos gestos
desnorteados e inconsequentes do presidente da superpotência em declínio —, que
desorganiza o padrão das transações comerciais transnacionais cuja matriz
remonta ao pós-Segunda Guerra Mundial, entre esses arautos da ordem vigente
predominam a perplexidade e a confusão.
Mais ainda porque na esteira do acirramento de contradições entre a
grande nação imperialista norte-americana e seus aliados europeus e mundo
afora, surgem oportunidades para a China e diversos países de médio porte de
economia diversificada — entre os quais o Brasil — que, de um modo ou de outro, aceleram a transição à multipolaridade geopolítica mundial.
Entrementes, órgãos de imprensa porta vozes do grande capital financeiro
internacional, como o The Economist e o New York Times, batem pesado
no governo Trump sem, contudo, apresentar alternativas.
Em suma, nossos patrícios americanófilos vivem um pesadelo qual o do caçador que
se vê perdido na mata e sem cachorro.
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Leia também: Lula em queda? Comunicação não é tudo https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/04/minha-opiniao_3.html
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