05 abril 2025

Minha opinião

No mato sem cachorro

Luciano Siqueira 
instagram.com/lucianosiqueira65 

Articulistas do complexo midiático dominante no Brasil preservam suas carreiras e se fazem conhecidos — por que catapultados pelas empresas a que servem — defendendo, de maneira clara ou elíptica, os padrões neoliberais vigentes. 

Convictamente submissos, sempre tiveram nos Estados Unidos seu principal padrão de referência. 

Agora, com o tarifaço promovido por Donald Trump — sucessivos gestos desnorteados e inconsequentes do presidente da superpotência em declínio —, que desorganiza o padrão das transações comerciais transnacionais cuja matriz remonta ao pós-Segunda Guerra Mundial, entre esses arautos da ordem vigente predominam a perplexidade e a confusão. 

Mais ainda porque na esteira do acirramento de contradições entre a grande nação imperialista norte-americana e seus aliados europeus e mundo afora, surgem oportunidades para a China e diversos países de médio porte de economia diversificada — entre os quais o Brasil — que, de um modo ou de outro, aceleram a transição à multipolaridade geopolítica mundial. 

Entrementes, órgãos de imprensa porta vozes do grande capital financeiro internacional, como o The Economist e o New York Times, batem pesado no governo Trump sem, contudo, apresentar alternativas. 

Em suma, nossos patrícios americanófilos vivem um pesadelo qual o do caçador que se vê perdido na mata e sem cachorro.

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