O busílis da questão
Luciano
Siqueira
instagram.com/lucianosiqueira65
Os dados colhidos pela última pesquisa Datafolha revelam uma aparente contradição: baixos são os índices de aprovação do governo e do próprio presidente, mas em hipotéticos primeiro e segundo turnos Lula ainda se mostra fortíssimo.
Lideraria no primeiro turno e correria o risco de ser suplantado por um
candidato de centro direita no segundo, mas hoje a disputada seria pau a pau.
Pesquisas revelam tendências e, com tanta antecedência das eleições, apenas
retratos momentâneos.
Isso quer dizer que é perfeitamente possível elevar os números de
aprovação do governo, na medida em que parte considerável da população se
aproprie do que se tem chamado entregas — que são muitas e, na prática,
repercutem sobre a vida das pessoas.
Em consequência, idem quanto ao desempenho do presidente.
Mas não parece fácil por uma razão: o discurso governamental é
basicamente "economicista", eximindo-se do necessário conteúdo
político no conflito com a oposição.
Isto fica claro nos múltiplos pronunciamentos do presidente e também
pela omissão dos seus ministros situados à esquerda.
Nesse diapasão, segue uma luta desigual entre a poderosa oposição,
comandada pelo capital financeiro e instrumentalizada através do complexo
midiático dominante e da maioria parlamentar conservadora e de extrema direita
no Senado na Câmara.
Este é o busílis da questão: o governo e o presidente sob cerco e inapto
a superar a defensiva, demarcando campos.
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Veja: O Estado burguês liberal e o capitalismo financeirizado https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/05/o-estado-burgues-liberal-e-o.html
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