Contradições aguçadas no mundo
A concentração de riqueza e as desigualdades sociais são características marcantes do capitalismo contemporâneo, agravadas pelo desmonte das políticas de proteção e bem estar social, pela regressão dos direitos dos/as trabalhadores/as e a implementação de políticas fiscais regressivas promovidos pelo neoliberalismo. Fenômeno esse que se agrava na periferia do sistema. O 1% mais rico da população global detém 45% da riqueza mundial, enquanto os 50% mais pobres dela compartilham apenas 1% (Relatório de Riqueza Global do Credit Suisse, 2023) (2). Impulsionando esses movimentos, encontra-se a elevada composição orgânica do capital por meio da avançada automação dos processos de trabalho, inclusive a Inteligência Artificial (IA), sob o comando do capital que privatiza e se apropria das diversas esferas da sociedade. Ampliam-se, no quadro atual, as contradições entre o trabalho e o capital.
Na busca por maiores taxas de lucro, os capitalistas promovem uma desenfreada concorrência pela produtividade, intensificando a exploração da força de trabalho. As plataformas digitais (Uber, iFood etc.) fragmentam o trabalho, eliminando direitos e estabilidade. Os/As trabalhadores/as aparecem sob o falso título de “empreendedores de si mesmos”, mas sem proteção social e responsáveis pelos custos dos seus meios e instrumentos de trabalho. A este movimento soma-se a ofensiva neoliberal, política e econômica, contra os direitos e a organização dos/as trabalhadores/as, levando à precarização e à degradação das condições de trabalho e à ampliação do desemprego.
(Resolução Política "Vitória do Brasil em 2026. Mudanças para o desenvolvimento soberano", do XVI Congresso do PCdoB)
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