Luciana: é preciso contar o que foi a ditadura para que não
se repita
www.pcdob.org.br
A presidenta nacional do PCdoB e vice-governadora de
Pernambuco, Luciana Santos participou, nesta quinta-feira (24), do anúncio da
instalação do Memorial da Democracia do estado, um instrumento fundamental para
contar a história de lutas do povo contra a ditadura e a opressão. O projeto,
viabilizado por meio de um protocolo de intenções assinado entre o governo do
estado e a prefeitura do Recife, funcionará no Sítio Trindade, local histórico
da capital pernambucana.
Para
a vice-governadora Luciana Santos, “sobretudo no momento em que vivemos, em que
há uma tentativa de reescrever a história, precisamos preservar a memória de
tudo aquilo que foi e representou a ditadura, para que não se esqueça, para que
não se repita. É preciso conhecer o passado para construir um futuro melhor.
Por isso é tão importante termos em Pernambuco este espaço. São Paulo tem o seu
Memorial da Resistência, Montevidéu tem o seu Museu da Memória e aqui teremos o
Memorial da Democracia”.
Ela
salientou ainda que “em tempos tão difíceis, de negacionismo, de tentativas de
reescrever nossa história, é nosso dever preservar a memória das lutas de nosso
povo por liberdade, justiça e democracia. E é justamente isso que o memorial
será: um espaço para resgatar o histórico de resistência de Pernambuco”.
Luciana
parabenizou a equipe envolvida com o projeto e colocou que o casarão do Sítio
Trindade, antiga sede do Movimento de Cultura Popular, “é perfeito para abrigar
o memorial. Jamais permitiremos que se apague o passado, porque temos
compromisso de amor e esperança com nosso futuro”.
A
instalação do memorial no Sítio Trindade parte de uma recomendação
do Grupo de Trabalho Memorial da Democracia de Pernambuco.
Endereço histórico
Em maio de 1960, durante a gestão de Miguel Arraes como
prefeito do Recife, o Sítio Trindade, antes denominado Arraial do Bom Jesus,
tornou-se sede do Movimento de Cultura Popular (MCP). A iniciativa envolveu
intelectuais e artistas e apresentava um conceito inovador de educação, a
partir do uso da cultura popular como instrumento de transformação social.
Com
o golpe militar de 1964, tanques do exército avançaram sobre os jardins do
Sítio Trindade e o casarão foi invadido. O material pedagógico e as obras de
arte foram apreendidos e destruídos, sob o argumento de que se tratava de
material subversivo. Muitos dos integrantes do movimento foram vítimas de
perseguição, findaram presos ou exilados.
Por
Priscila Lobregatte
Com
informações do Governo de Pernambuco
.
Onde a luta encontra a poesia e se expressa em imagens https://bit.ly/3E95Juz
Nenhum comentário:
Postar um comentário