Posse de Lula e Alckmin: momento histórico de grande emoção
Enio
Lins www.eniolins.com.br
O
terceiro mandato de Lula como presidente da República já
entrou para a história, de começo, pela posse. Momento de gigantesco
significado e de emoção sem par, até então, entre eventos semelhantes.
Além da natural emoção, e significado, da posse presidencial em si,
este 1º de janeiro de 2023, coroou um período de longa tensão, derrotando
pretensões golpistas de grupos ligados ao presidente anterior, candidato
derrotado em 2022.
Vários golpes já foram perpetrados no Brasil, alguns com trágico sucesso,
como em 1937 e 1964, mas nunca uma tentativa foi tão alardeada, picarescamente
insuflada, como essa onda que se espalhou desde 30 de outubro do ano passado.
Vagabundagem em forma de histeria coletiva, essa movimentação
ideológica-psiquiátrica cercou e ainda mantém focos de pressão sobre quartéis
em todo País, num inusitado mimimi delinquente, implorando por um ato de
violência ditatorial que anulasse um resultado democrático.
Não nos esqueçamos que inclusive uma tentativa de ato terrorista promovido
por bolsonaristas foi identificada e desarticulada a tempo, comprovando o
caráter criminoso e o tresloucamento do grupo derrotado nas urnas.
Frustrado em suas esperanças golpistas, o mito abandona o país, deixando a
presidência do República à deriva às vésperas do fim de seu desastroso mandato,
gerando mais insegurança institucional e abrindo um vácuo cerimonial para a
posse dos eleitos.
Nesse cenário de pressões, tentativas de golpe, ameaças terroristas, Lula e Alckmin
tomam posse numa cerimônia magnífica, acompanhada – passo a passo – por todo
País como uma final de copa do mundo, com a Capital Federal lotada de
delegações que lá chegaram por conta própria, enchendo Brasília de alegria, de
música e festa. Final de copa do mundo onde o Brasil ganhou por goleada, sem
sofrer um único gol. Uma apoteose.
Cenas que ficarão para a história, cenas que seriam usuais, não fossem
todas essas circunstâncias, que elevaram a posse dos eleitos para presidente e
vice a uma reafirmação da Democracia no Brasil e da derrota do golpismo.
Difícil escolher qual cena mais emblemática entre momentos como o início do
ritual, com o deslocamento no antigo Rolls-Royce, ou a passagem em revista da
tropa, ou a subida coletiva da rampa do Palácio do Planalto. Ou todas as demais.
Enfim, emoção e simbolismo em graus nunca vistos. Energia vital, fundamental para
o momento seguinte, muito difícil, que será reconstruir o Brasil depois de
quatro anos de inédita bagunça institucional, econômica e social.
As múltiplas faces do que
acontece https://bit.ly/3Ye45TD
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