Interrompida mais uma
tentativa de golpe
Enio Lins www.eniolins.com.br
Noticiada com discrição e por poucos veículos de
mídia (pelo menos) até o domingo, uma ação do governo Lula merece mais atenção
e, numa primeira vista d’olhos, aplausos: trata-se da retirada de uma proposta
feita pelo governo passado aos países ricos.
Segundo o colunista Jamil Chade (UOL), o
desgoverno do Jair apresentou aos países ricos um convite para que as
megaempresas dessas nações pudessem participar de licitações para compras
governamentais no Brasil como se fossem nativas.
Noticiado também pelo Valor Econômico, essa
medida – incomum nos países em desenvolvimento ou emergentes – fragiliza as
empresas locais frente aos poderosos grupos milionários das grandes nações.
Historicamente, o Brasil, assim como as demais
nações emergentes, manteve a regra de priorizar as empresas locais nas
licitações governamentais como forma de promoção de segmentos importantes da
economia nacional.
Mesmo durante os governos identificados como
liberais, a exemplo de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso, esse
segmento foi protegido do gigantesco lobby das grandes empresas internacionais.
Jair queria deixar passar a boiada.
Apresentada pelo falso messias, a
proposta-traíra não chegou a ser efetivada junto à Organização Mundial de
Comércio (OMC) e coincidia com a perda de competitividade internacional das
grandes empresas brasileiras detonadas pela Lava-jato.
Regra de ouro entre as nações em desenvolvimento
ou emergentes, a abertura internacional para compras governamentais tem
dosimetria muito cuidadosa e procura-se manter parcerias entre semelhantes para
evitar massacres econômicos.
Segundo o divulgado pelo UOL, a compra de
remédios durante a pandemia de Covid-19 foi um desses segmentos em que o lobby
das grandes potências jogou pesado. Seria essa uma explicação para a atitude de
combate à “vacina chinesa” do Butantan?
Enfim, para o bem de (quase) todos e felicidade
geral da nação, a arataca do Jair foi desarmada também nesse item essencial, e
a discussão na OMC retorna a seus rumos racionais com o Brasil reposicionado
fora da área reservada para otários.
O mundo cabe numa organização de base https://bit.ly/438Sl6A
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