Lula espera retomar o volume de transações
comerciais após visita de Maduro ao País
Em
2015, o fluxo de transações comerciais era de US$ 6,6 bilhões, valor que hoje
não chega a US$ 2 bilhões, segundo o presidente brasileiro.
Camila Bezerra/Jornal GGN
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta
segunda-feira (29), o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no Palácio do
Planalto, que está no Brasil para participar da cúpula de líderes da América do
Sul, realizada nesta terça-feira (30).
Maduro visita o País pela primeira vez após um hiato de oito
anos, fato que foi comemorado por Lula, tendo em vista que o vizinho foi
descrito como um “parceiro excepcional”.
Até 2015, ainda no mandato de Dilma Rousseff (PT), o fluxo de
transações comerciais era de US$ 6,6 bilhões, valor que hoje não chega a US$ 2
bilhões, segundo o presidente brasileiro.
Declarações
“Depois de oito anos,
o presidente Maduro volta a visitar o Brasil e nós recuperamos o direito de
fazer política de relações internacionais com a seriedade que sempre fizemos,
sobretudo com os países que fazem fronteira com o Brasil”,
observou Lula.
Já Maduro afirmou que os líderes tiveram uma “boa, proveitosa e
larga conversa” com Lula e toda a equipe, em que relembraram a época de ouro
das relações Brasil-Venezuela, além de agradecer a recepção.
“Estamos preparados
para que retomemos as relações virtuosas com os empresários brasileiros. A
Venezuela está de portas abertas, com plenas garantias para todo o empresariado
para que voltemos ao trabalho conjunto. Acredito ser muito positivo. Nós amamos
a história do povo brasileiro, a força e alegria espiritual. Que nunca mais
ninguém feche a porta. Brasil e Venezuela tem que estar unidos, daqui para
frente e para sempre”, afirmou o presidente venezuelano.
Integração
Lula aproveitou a oportunidade ainda para defender a Venezuela
das sanções impostas pela comunidade internacional, porque “é
inexplicável um país ter 900 sanções porque outro país não gosta dele” e
que os “nossos
adversários vão ter que pedir desculpas pelo estrago que ele fizeram na
Venezuela”.
“Briguei muito com companheiros social-democratas europeus, com
governos, com pessoas dos Estados Unidos. Achava a coisa mais absurda do mundo,
para as pessoas que defendem democracia, negarem que você era presidente da
Venezuela, tendo sido eleito pelo povo. E o cidadão que foi eleito para ser
deputado ser reconhecido como presidente”, continuou o chefe de
Estado brasileiro.
Diante deste cenário, Lula afirmou que o governo buscará
integração plena entre os dois países, que a América do Sul tem de trabalhar
como um bloco, já que nenhum país vai resolver sozinho os problemas que
perduram há mais de 500 anos.
Lula também é favorável à entrada da Venezuela ao grupo dos
Brics, atualmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O
petista se dispôs a levar a solicitação formal da Venezuela ao grupo, se houver
solicitação formal.
Informar-se e formar opinião própria https://bit.ly/3Ye45TD
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