Chico de Assis*
Há momentos em que a voz enrouquece
porque as palavras nos fogem
e tudo se encolhe
num manto de saudade.
Calou-se o grito de Chico
em passeata.
Ergueu-se o sonho de Chico
no infinito.
O lapso de tempo
sinal do efêmero/definitivo
engoliu nossa fala
e ressecou nossa lágrima.
(Minha homenagem a Chico Passeata, companheiro dos tempos de cadeia, amigo de todos os tempos, cujo falecimento se deu há doze anos, mais precisamente a 12 de agosto de 2011).
Um poema de Manoel de Barros com ilustração de Marcel Dyf https://tinyurl.com/3z2ruvea
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