A marca do terceiro
governo Lula
Luciano Siqueira
Todo governo busca
adquirir uma marca — aquela referência que se torna uma espécie de ícone da
gestão ao olhar do grande público. No tempo presente e depois.
Em geral a marca
brota das principais políticas e ações do governo. Não pode ser artificial.
Já aconteceram
governos tão desastrosos que a marca é exatamente essa: o desastre de gestão.
Ou de bons e
eficientes governos cujos titulares negligenciaram a necessidade de vincar a
imagem da gestão. Passaram sem ter uma marca.
Completando agora 100
dias, o terceiro governo Lula começa a ser cobrado por não ter fixado ainda a sua
marca.
Pura precipitação.
Inclusive porque nos
dois governos anteriores foram tantas as realizações que beneficiaram a maioria
dos brasileiros e brasileiras que se pode dizer que muitas delas se tornaram
marcas. Programas como Bolsa Família, Luz para Todos e outros.
E há um traço
característico essencial do próprio presidente que é o seu perfil popular —
tanto da sua origem pessoal como da sua trajetória política.
Diz-se que agora
trata-se de um terceiro governo e não cabe simplesmente repetir imagens do
passado.
Correto.
Apenas não se deve esperar que em 100 dias já se tenha uma marca definida, ainda que tenha
estabelecido um slogan antes mesmo da posse: governo da reconstrução nacional.
Até porque grande
parte dos esforços cotidianos o atual governo tem dedicado a reconstruir que o
anterior destruiu.
Cá com meus botões,
imagino que apesar da correlação de forças difícil e do ambiente global de crise, este terceiro governo liberado pelo operário metalúrgico vincará
a história do Brasil com traços muito positivos.
Deixará uma marca inesquecível.
A luta política na base da sociedade https://bit.ly/3FZNuve
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