Como se fosse natural
adoecer
Luciano Siqueira
Desde sexta-feira às
turras com tosse, rinite e um esquisita dor nas proximidades do arco costal
esquerdo, mergulho agora nos grupos e mensagens do WhatsApp por necessidade e
dever de ofício.
E me deparo com a expressão
"adoeci sem necessidade", que pronunciei em resposta a um companheiro
dirigente do Partido.
De fato, adoecer pode
ser natural - mas necessário nunca será! Dito assim, com exclamação
peremptória.
Pois há gente que até
gosta de adoecer como meio de autocomiseração, subproduto de outros males,
estes especificamente do espírito.
Eu, jamais!
Pois não existe
situação mais desagradável do que o adoecimento. Sobretudo quando você não sabe
direito o que tem, nem parece algo sério o suficiente para buscar cuidados
profissionais.
Como me aconteceu da
última sexta à noite até ontem.
E quando imagino começar
a recuperação plena, o colega médico amigo, competente e solidário me convence
de que a tosse que antes era seca e agora é cheia sugere infecção bacteriana.
E haja antibiótico e
corticoide!
Pior: a imposição de
repouso rigoroso até o próximo 2 de maio, alegada a minha condição de idoso
rebelde!
A gente não adoece
porque quer, nem porque precisa. Mas por descuido, sim.
Caduco de saber que o
refluxo gastresofágico de que padeço limita a quase zero o café, a bebida alcoólica
fermentada e refeições à noite, por exemplo, às vezes me descuido e passo da
conta.
Como desta vez, que
juro a mim mesmo (mais uma vez!) não repetir.
O fato é que se foram
quatro dias perdidos e mal dormidos e de atraso no trabalho e no lazer.
Para quem já vai bem
encaminhado depois dos 70, não há como se dar ao luxo de andar adoecendo por
aí. Até porque uma hora dessas o adoecimento passa da conta e por um instante
não haverá mais nem o que contar...
Todo cuidado será
pouco. Assim o prometo!
A indiferença nas relações
interplanetárias bit.ly/3mfkAAo
2 comentários:
Para não adoecer, tem que tomar também remédio para verme.
Você, a cada dia, torna-se mais necessário. Obrigado por tanto pelo Recife.
Postar um comentário