Quem comanda o quê?
Luciano Siqueira
Cotidianamente registram-se notícias de tensões no âmbito da extrema direita em razão da acefalia política resultante do infortúnio do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Não que o capitão exercesse plenamente a liderança, no sentido de não
apenas deter o capital eleitoral que alcançou, mas igualmente formulando
opiniões e alternativas táticas. Nunca passou de um boquirroto
desastrado.
O fato é que não sendo mais candidato e agora prestes a iniciar o
cumprimento da condenação por 27 anos e meses de reclusão por conta da trama
golpista, o ex-presidente paulatinamente é deslocado para um quase
ostracismo.
A eleição presidencial se aproxima e a direita tenta encontrar uma
candidatura potencialmente viável, mas um ambiente é contaminado por disputas e
desavenças a partir mesmo do clã, que detona possíveis concorrentes — como o
atual governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.
Agora, a partir da chacina promovida pelo governador do Rio de Janeiro,
Cláudio Castro, do PL do ex-presidente, vem à tona o precário debate sobre qual
dos possíveis candidatos direitistas poderia a partir daí se fortalecer —
Caiado, Zema, Ratinho Jr. ou o próprio Tarcísio.
Uma mescla de acefalia política e desavenças. Que assim continue.
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