Antidemocrático e odioso
Luciano Siqueira
Pode um presidente da República expressar publicamente suas opiniões políticas sobre temas polêmicos?
Pode e deve.
O que não pode é, a título de combater opositores, esgrimir raciocínios e expressões que ferem a memória nacional e reproduzem ideias e sentimentos dos mais primários a respeito da liberdade e dos Direitos Humanos.
Ao se comportar assim, mais do que o exercício da polêmica — que é admissível —, o presidente desrespeita a Constituição e macula a trajetória democrática do povo brasileiro.
É o que vem fazendo Jair Messias Bolsonaro, a propósito de temas vários que comparecem à sua agenda cotidiana, sobre os quais se pronuncia de maneira rasteira e odiosa.
Parece ser esta uma prática destinada a manter parcela expressiva da população brasileira sob a mais precária polarização ideológica, estendendo o que se produziu na última campanha eleitoral, tendo como alvo o Partido dos Trabalhadores, em particular, e as forças democráticas em seu conjunto.
O ambiente de desgaste e de descrença que predominava em outubro em relação à prática política, aos partidos e às instituições da República funcionou como caldo de cultura para a pregação extremada de Bolsonaro e seus apoiadores.
Agora não estamos mais em campanha eleitoral. E o que se espera, mesmo de um presidente assumidamente de extrema direita, é o mínimo de compostura no exercício do cargo.
As agressões verbais ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, e a tentativa de macular a memória do seu pai, Fernando Santa Cruz, que na ditadura militar foi sequestrado, preso e assassinado nos porões da tortura, expõem em toda a sua inteireza o caráter do cidadão que governa o país.
O doloroso e lamentável incidente emerge como mais um alerta à população brasileira e à opinião pública internacional acerca do risco de ruptura institucional plena.
Nessas circunstâncias, partidos políticos do campo democrático e segmentos diversos da sociedade devem concentrar esforços na defesa da democracia e do Estado de Direito, pedra de toque da resistência.
Essa postura, para além dos pronunciamentos públicos e das manifestações conjuntas destinadas a repercutir a opinião pública, há que permear o cotidiano da população.
Esclarecer, unir e mobilizar é dever inarredável é urgente.
Luciano Siqueira
Pode um presidente da República expressar publicamente suas opiniões políticas sobre temas polêmicos?
Pode e deve.
O que não pode é, a título de combater opositores, esgrimir raciocínios e expressões que ferem a memória nacional e reproduzem ideias e sentimentos dos mais primários a respeito da liberdade e dos Direitos Humanos.
Ao se comportar assim, mais do que o exercício da polêmica — que é admissível —, o presidente desrespeita a Constituição e macula a trajetória democrática do povo brasileiro.
É o que vem fazendo Jair Messias Bolsonaro, a propósito de temas vários que comparecem à sua agenda cotidiana, sobre os quais se pronuncia de maneira rasteira e odiosa.
Parece ser esta uma prática destinada a manter parcela expressiva da população brasileira sob a mais precária polarização ideológica, estendendo o que se produziu na última campanha eleitoral, tendo como alvo o Partido dos Trabalhadores, em particular, e as forças democráticas em seu conjunto.
O ambiente de desgaste e de descrença que predominava em outubro em relação à prática política, aos partidos e às instituições da República funcionou como caldo de cultura para a pregação extremada de Bolsonaro e seus apoiadores.
Agora não estamos mais em campanha eleitoral. E o que se espera, mesmo de um presidente assumidamente de extrema direita, é o mínimo de compostura no exercício do cargo.
As agressões verbais ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, e a tentativa de macular a memória do seu pai, Fernando Santa Cruz, que na ditadura militar foi sequestrado, preso e assassinado nos porões da tortura, expõem em toda a sua inteireza o caráter do cidadão que governa o país.
O doloroso e lamentável incidente emerge como mais um alerta à população brasileira e à opinião pública internacional acerca do risco de ruptura institucional plena.
Nessas circunstâncias, partidos políticos do campo democrático e segmentos diversos da sociedade devem concentrar esforços na defesa da democracia e do Estado de Direito, pedra de toque da resistência.
Essa postura, para além dos pronunciamentos públicos e das manifestações conjuntas destinadas a repercutir a opinião pública, há que permear o cotidiano da população.
Esclarecer, unir e mobilizar é dever inarredável é urgente.
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