Conquistas apesar de tudo
Luciano Siqueira
O presidente Lula governa sob condições adversas, tanto em escala mundial como interna.
Não tem sido fácil dar passos seguros no cumprimento da agenda da reconstrução nacional.
Assim mesmo, há sinais positivos no que diz respeito à gradativa ampliação das oportunidades de trabalho, a melhoria da renda média do trabalhador e a expansão do consumo.
Claro que é necessário dar consistência a esses sinais positivos mediante expansão das atividades industriais e de serviços. O que implica em investimentos concretos, de grande dimensão, públicos e privados.
Mas a economia brasileira sofre de terríveis mecanismos de contenção da atividade produtiva, em benefício do rentismo e da agropecuária exportadora.
E a todo instante, tanto se bloqueiam iniciativas do governo, inclusive na esfera parlamentar, como se alardeiam uma desorientação na economia que não existe.
O próprio presidente tem destacado o crescimento de 2,9% do Produto Interno Bruto em 2023, acima do que estimava o mercado, e o lançamento do Novo PAC, que prevê 1,7 trilhão de investimento público e privado em infraestrutura.
Agora mesmo que o Conselho de Política Monetária (COPOM) se reúne para arbitrar a taxa básica de juros (escrevo essa nota antes do resultado da reunião), na grande mídia o que mais se vê é a pressão para deter uma nova queda.
Tudo em favor do capital especulativo!
Ao que se acrescenta uma pressão que, vale dizer desumana, pela contenção de gastos públicos com políticas sociais básicas, educação e saúde!
Vencer é possível. Mas necessariamente mediante árdua e prolongada luta, que se faz sentir a cada instante e a cada passo do governo.
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