A rua é o megafone da nossa rebeldia!
À vista do cenário político atual, é urgente unir forças
e ocupar as ruas para defender o povo brasileiro.
Kleyton Pimentel*
Nosso país passa por momentos de polarização e tensão política. O avanço de discursos políticos individualistas e elitistas põe em risco as pautas reais do povo brasileiro. Diante disso, é eminente a urgência da unidade para somar forças, ocupar as ruas como palco de nossa luta e transformá-las no megafone da nossa rebeldia.
Durante
a história do Brasil, importantes momentos foram marcados por grandes levantes
da população em defesa do povo e da democracia. O movimento Diretas Já, por
exemplo, (1983 e 1984), buscava eleições diretas para presidente em 1985.
Também houve o movimento Caras-Pintadas (1992), protagonizado pela União
Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), pela União Nacional dos
Estudantes (UNE) e demais movimentos sociais, que teve como objetivo o
impeachment do governo corrupto de Fernando Collor de Mello. Essas mobilizações
mostraram o grande poder que o povo tem quando vai às ruas reivindicar seus
direitos e protestar contra aqueles que não priorizam as necessidades da
população.
Trazendo
para o contexto atual, pode-se citar a mais recente PEC da Blindagem (ou
popularmente chamada PEC da Bandidagem), que visa exigir autorização do Congresso
para ações penais contra parlamentares. Em um tempo em que a jornada exaustiva
de trabalho mata trabalhadores e os acomete a uma vida cansada e infeliz,
parlamentares buscam seus interesses unitários e/ou de pequenos grupos de elite
para se proteger da Constituição e da Justiça brasileira.
O
Projeto de Emenda Constitucional não foi aceito pelo povo e recebeu resposta
nas ruas: estudantes, trabalhadores, jovens e idosos se uniram para barrar a
injustiça aprovada na Câmara dos Deputados no dia 16 de setembro de 2025.
Milhares de pessoas foram às ruas dizer não à emenda e à anistia. Após essa
intensa mobilização popular, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado
(CCJ) rejeitou a proposta de emenda parlamentar, e isso só foi possível graças
à unidade do povo na rua.
Discursos
e projetos políticos que têm como alvo pequenos grupos de poder tornam-se cada
vez mais evidentes em nosso país. Parlamentares que buscam interesses próprios
vêm ganhando espaço dentro dos fóruns deliberativos que regem o Brasil, e isso
só pode ser barrado com a luta organizada.
Prova-se
que é necessária a retomada das ruas na luta pela democracia e pelos direitos.
Somente a mobilização popular tem poder para intensificar nossa luta. Todo
poder emana daqueles que dão o sangue pelo avanço e desenvolvimento do país.
Assim como pintamos os rostos no passado para denunciar a corrupção ou tomamos
as avenidas pelo voto direto, é preciso novamente, no presente, ocupar as ruas
em massiva mobilização, unificar as forças sociais e político-progressistas
pelas pautas do Brasil Real e transformar a rua no megafone das lutas do povo
brasileiro.
*Presidente
da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (UMES PE)
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