10 outubro 2025

Editorial do 'Vermelho'

Lula se fortalece e direita ataca o país
Aprovação ao presidente cresce. Direita se desespera e ataca o país com a perda de R$ 35 bilhões que seriam arrecadados em impostos sobre bancos, bilionários e bets
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Na última quarta-feira (8), a bancada da direita e da extrema direita na Câmara dos Deputados “enterrou” a Medida Provisória (MP) 1303/25, que previa o aumento da tributação de aplicações financeiras e ativos virtuais. Anteriormente, o governo do presidente Lula tentara elevar o Imposto sobre as Operações Financeiras (IOF), mas o consórcio da direita também impediu.

Tanto a primeira inciativa quanta a segunda foram concebidas para corrigir, ao menos em parte, a grande injustiça tributária, graças à qual bancos, bilionários e agora também as bets quase não pagam impostos, enquanto se impõe uma pesada carga sobre os ombros do povo.

À cabeça dessa operação política está o governador bolsonarista Tarcísio de Freitas, de São Paulo, não à toa o predileto da Faria Lima. Trinta e cinco bilhões de reais que seriam aplicados em investimentos públicos para alavancar a economia, a geração de empregos e proporcionar mais direitos aos trabalhadores continuarão no montante astronômico de ganhos e fortunas da oligarquia financeira.

No episódio do tarifaço do governo de Donald Trump, o clã Bolsonaro e o consórcio da direita já haviam se revelado por inteiro como traidores da pátria ao apoiarem os ataques e ameaças da Casa Branca contra a soberania nacional. Agora, depois dessa votação, reiteraram o que cabalmente são, isto é, o braço político da oligarquia financeira, dos super ricos, dos rentistas.

Mas, para além de atuarem às custas dos direitos do povo como guardiões dos banqueiros e bilionários, o consórcio da direita agiu por desespero. Desde que se postaram abertamente como serviçais de Trump, a extrema direita e a direita, conforme indicam as últimas pesquisas de opinião, estão perdendo popularidade. Ao mesmo tempo, cresce o apoio à liderança do presidente Lula devido às realizações do governo e à postura, a um só tempo, enérgica e sagaz com a qual o presidente tem defendido o Brasil, as empresas e os empregos. Em síntese, sangraram o orçamento federal, também com objetivo eleitoreiro de prejudicar o governo e, por extensão, a futura campanha de reeleição do presidente Lula.

O governo procura saídas a este verdadeiro assalto aos cofres públicos. Afinal, o Brasil não pode estancar o crescimento. A solução não pode ser o puro e simples corte nos investimentos, tampouco a perda de tração e realização do conjunto de ministérios. Esse é o objetivo da aliança bolsonarista-direitista para tentar paralisar o governo justamente quando o calendário crava que se está a um ano das eleições.

O Ministério da Fazenda se põe a examinar alternativas, inclusive aquelas que, legalmente, não dependem do Congresso. Ao mesmo tempo, é preciso persistir na busca de mais apoios no âmbito do espectro do centro e centro-direita. O governo perdeu a votação, mas obteve quase 200 votos. Cerca de 70 a 80 a mais do que usualmente soma a quantidade de votos da esquerda.

A mobilização popular, tão importante na aprovação do projeto que isentou o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, o contato mais frequente e direto do presidente Lula com o povo, a luta ideológica para seguir avançando na batalha comunicacional geral e digital, a continuidade da defesa firme da soberania nacional e da sequência de novos programas em prol dos direitos do povo e o trabalho perseverante na construção de uma larga aliança para 2026 são questões que, de conjunto, devem estar na hierarquia de prioridades do governo e das forças que o apoiam.

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