China coloca em operação o primeiro porta-aviões equipado com catapultas eletromagnéticas
Liu XuanunLiang Rui e Guo Yuandan/Global Times
O presidente Xi Jinping participou na quarta-feira da cerimônia de incorporação e apresentação da bandeira do Fujian , o primeiro porta-aviões da China equipado com catapultas eletromagnéticas, na província de Hainan, no sul da China, informou a agência de notícias Xinhua.
Xi, que também é secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China e presidente da Comissão Militar Central, embarcou no porta-aviões para inspecioná-lo após a cerimônia em um porto naval na cidade de Sanya, segundo a Xinhua.
Cerca de 2.000 representantes da Marinha e de instituições envolvidas na construção do porta-aviões participaram da cerimônia na quarta-feira. Na cerimônia, Xi presenteou o capitão e o comissário político do < /font>Fujian com a bandeira do ELP e tirou uma foto com eles, de acordo com a Xinhua.
A bordo do navio, Xi Jinping recebeu informações sobre o desenvolvimento do porta-aviões do país. Ele aprendeu sobre as capacidades de combate sistemáticas dos porta-aviões e o sistema de catapulta eletromagnética, informou a agência Xinhua. < /font>
No convés de voo, aeronaves embarcadas de nova geração, incluindo os caças J-35 e J-15T e a aeronave de alerta aéreo antecipado KJ-600, estavam estacionadas em sequência. Conversando com os pilotos das aeronaves embarcadas, Xi os incentivou a continuar aprimoran do suas habilidades e conhecimentos e a contribuir para o desenvolvimento das capacidades de combate do Fujian .
Xi visitou a torre de controle na seção insular do Fujian para aprender sobre o comando de voo e as operações de pouso e decolagem. Em seguida, entrou na casa do leme, onde assinou o livro de bordo.
Foi decisão de Xi que o Fujian adotasse o sistema de catapulta eletromagnética. Na quarta-feira, ele visitou a área de controle desse sistema e observou atentamente os procedimentos operacionais, informou a Xinhua.
Ele também percorreu os refeitórios e os alojamentos da tripulação do navio para inspecionar as condições de vida dos oficiais e marinheiros.
O porta-aviões Fujian foi lançado em junho de 2022 e recebeu o nome da província de Fujian.
Zhang Junshe, especialista chinês em assuntos militares, disse ao Globa l Times que o comissionamento do Fujian O porta-aviões Fujian simboliza as conquistas na transformação da Marinha do Exército de Libertação Popular (PLA), da defesa costeira para a defesa em alto-mar, marcando a entrada oficial da China em uma era com três porta-aviões, bem como na era dos porta-aviões equipados com catapultas eletromagnéticas.
Zhang afirmou que a entrada em serviço do Fujian trará três grandes mudanças e saltos de capacidade para a Marinha do PLA. A primeira é o uso do sistema de catapulta eletromagnética, que permite que as aeronaves decole com combustível e munição completos, aumentando o raio de combate e aprimorando a capacidade de ataque; a segunda é o aumento significativo na taxa de surtidas do p orta-aviões, também graças às catapultas eletromagnéticas; a terceira é a formação de um sistema de combate em alto-mar que integra ataque e defesa para o grupo de porta-aviões, com a adição da aeronave de alerta aéreo antecipado KJ-600.
Em 22 de setembro, a Marinha do Exército de Libertação Popular (PLA) anunciou que o porta-aviões Fujian havia alcançado um marco ao sediar o primeiro treinamento de decolagem e pouso assistidos por catapulta para o caça pesado J-15T, o caça furtivo J-35 e a aeronave de alerta aéreo antecipado KJ-600. Essas aeronaves, j untamente com a aeronave de guerra eletrônica embarcada J-15DT, também participaram do desfile militar do Dia da Vitória da China, realizado em Pequim em 3 de setembro.
De acordo com relatos da mídia oficial, o Fujian , o terceiro porta-aviões da China, com número de casco 18, foi lançado ao mar em junho de 2022. Diferentemente das rampas de lançamento dos dois primeiros porta-aviões da China – o Liaoning e o Shandong – ele é o primeiro porta-aviões de fabricação nacional a utilizar catapultas. Com um deslocamento a plena carga de mais de 80.000 toneladas, o porta-aviões está equipado com catapultas eletromagnéticas e dispositivos de frenagem. Desde seus primeiros testes no mar, em maio de 2024, o porta-aviões Fujian realizou uma série de testes mar& iacute;timos conforme o planejado, progredindo com o comissionamento de equipamentos e avaliações da estabilidade operacional geral.
Song Zhongping, outro especialista chinês em assuntos militares, disse ao Global Times que o Fujian é o porta-aviões de nova geração da China, pois substituiu as rampas de lançamento de esqui anteriormente utilizadas por catapultas eletromagnéticas mais avançadas, dispensando as catapultas a vapor. Essa melhoria pode aumentar significativamente o desempenho e as capacidades do Fujian , representando algumas das tecnologias mais avançadas da China.
Song afirmou que o comissionamento é um novo começo para o ;Fujian e que os verdadeiros testes ainda estão por vir, com a preparação para combates reais e verdadeiros confrontos. "É aí que o Fujian realmente desempenhará seu papel", disse ele.
Mesmo porto que o Shandong
. Assim como o porta-aviões Shandong , o Fujian também foi comissionado em Sanya. Zhang afirmou que, no futuro, os dois porta-aviões poderão ser destacados no mesmo porto, de frente para o Mar da China Meridional. O Mar da China Meridional possui uma área maior e mais vasta, águas mais profundas e condições marítimas mais complexas, tornando-o mais adequado para que os porta-aviões realizem treinamentos de combate realistas, e mais propício para que o Fujian conduza tais treinamentos. Ter o Fujian e o Shandong baseados no mesmo porto também facilita a formação de um grupo de dois porta-aviões, a execução de operações de defesa em alto-mar, a conquista do controle aéreo e marítimo em alto-mar, e também a realização de operações como ataques terrestres e apoio a ofensivas contra ilhas e recifes, disse Zhang.
"O comissionamento do Fujian torna realidade o destacamento de dois porta-aviões na Frota do Sul da China do Exército de Libertação Popular, o que, sem dúvida, terá um efeito de dissuasão estratégica sobre as forças separatistas pró-independência de Taiwan e sobre certos países com intenções maliciosas contra a China."
O desenvolvimento de porta-aviões pela China visa aprimorar a implemen tação de uma política de defesa nacional defensiva e salvaguardar a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento do país. Ao mesmo tempo, isso também contribui para a manutenção da paz e da estabilidade regional, afirmou Zhang.
Formações poderosas
Após o comissionamento oficial do Fujian , a Marinha do Exército de Libertação Popular (PLA) poderá formar uma formação de três porta-aviões em alto-mar para realizar operações de defesa marítima, com o Fujian , o Liaoning e o Shandong conduzindo operações conjuntas, de acordo com Zhang.
Especialistas observaram que o Fujian , assim como outros porta-aviões, não lutará sozinho, mas em uma formação de combate composta por escoltas, como destróieres avançados, fragatas, navios de reabastecimento e submarinos.
Referindo-se às armas e equipamentos exibidos no desfile militar do Di a da Vitória, em 3 de setembro, o especialista militar chinês Wang Yunfei disse ao Global Times que as formações de porta-aviões chinesas possuem fortes capacidades antinavio, de defesa aérea e antissubmarino.
Ele destacou os mísseis antinavio hipersônicos da Marinha do PLA , tanto embarcados quanto lançados de submarinos. Ele afirmou que isso proporciona às formações de porta-aviões chineses uma vantagem letal sobre potenciais oponentes, ao mesmo tempo que reforça significativamente a defesa marítima da China.
Espera-se que mais porta-aviões sejam adicionados.
Com base nos padrões de operações de porta-aviões e na necessidade da China de proteger seu extenso litoral e seus vastos interesses ultramarinos, três porta-aviões atendem apenas aos requisitos operacionais mínimos, afirmaram especialistas. Eles observaram que, segundo a prática convencional de uso de porta-aviões, se houver três, um geralmente estará em manutenção, um realizando treinamento de combate e um em serviço operacional.
"No futuro, a China precisa construir mais porta-aviões para melh or salvaguardar a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento", disse Zhang.
Questionado sobre a confirmação de reportagens da mídia estrangeira que afirmavam que o quarto porta-aviões da China, também o primeiro de propulsão nuclear, estava em construção no estaleiro de Dalian, o porta-voz do Ministério da Defesa chinês, Zhang Xiaogang, disse ao Global Times em uma coletiva de imprensa regular em setembro que não tinha conhecimento da situação específica.
Ele enfatizou que o desenvolvimento de porta-aviões da China é sempre conduzido de acordo com as necessidades de segurança nacional e o progresso da tecnologia de equipamentos.
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