Provas de um crime anunciado e praticado à luz do dia
Enio Lins www.eniolins.com.br
Lembram-se que um ex-presidente foi condenado, sem provas,
com base num gráfico patético em powerpoint? Pois a pilha de documentos, provas
até prova em contrário, encontrada com o ex-ministro Anderson Torres está sendo
tratada como coisa à toa.
Então ministro da Justiça, essa criatura simplória,
Anderson Torres, armazenou levantamentos sobre os locais em que Lula havia
ganhado no primeiro turno de 2022 e, na condição de autoridade, teria
coordenado ações ilegais nesses pontos a favor do mito.
Esses estudos e essas iniciativas do então ministro
indicam ter redundado no criminoso conjunto de tentativas de manipulação
eleitoral – a favor do mito – no dia 30 de outubro, marmotas essas cujo
destaque foi a inusitada interferência da PRF.
Essa ação tresloucada, mas muito bem-organizada,
teve como executor o então diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, tornado réu,
por solicitação do Ministério Público Federal à Justiça Federal, no dia 25 de
novembro de 2022, quanto tentava se esconder em férias.
Às pressas, o tal Sivinei foi liberado de seu posto
pelo então presidente Jair Falso Messias no dia 20 de dezembro de 2022 e três
dias depois aposentado (magicamente) aos 47 anos de idade. Lembram-se disso? Na
época ninguém se lembrou do ministro Torres.
Pois na véspera do jovem Sivinei barbarizar no
segundo turno, seu então superior hierárquico, ministro da Justiça
(bolsonariano) Anderson Torres foi à Bahia, para uma inexplicável reunião (não
agendada) com direção regional da Polícia Federal.
Suspeita-se que Torres, em sua incursão baiana,
teria pressionado a PF local para barrar eleitores de Lula nas áreas onde o
petista teve mais votos no primeiro turno. Segundo O Globo, essa denúncia está
sendo investigada pela própria Polícia Federal.
Numa sequência de aparelhamento e desmoralização
das forças federais de segurança, um dia antes da viagem – supostamente
intimidatória – de Torres para a Bahia, o ex-deputado bolsonarista Roberto
Jefferson havia atirado contra a PF.
Tamanha era a desfaçatez da quadrilha bolsonarista
que, uma vez deixado o ministério da Justiça, Torres foi homiziado na
Secretaria de Segurança do Distrito Federal, de onde teria participado
ativamente da organização do atentado terrorista de 8 de janeiro.
No dia da grande vagabundagem bolsonarista, Torres
estava em Orlando, ao lado do chefão, acompanhando, com toda segurança, de
longe, a mitológica ação subversiva contra a Democracia. Não pode deixar de
prestar contas à Justiça por tudo isso.
O lugar do PCdoB na frente
ampla https://bit.ly/40vTfZh
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