Biden em sinuca de bico
Luiano Siqueira
Ensinava João Amazonas que em política não de se deve botar sinal de igualdade entre duas entidades distintas.
Mesmo que, na essência, expressem conteúdo semelhante.
Porque politicamente diferenças, por mínimas que sejam, contam na luta em curso.
Caso de Joe Biden e Donald Trump, que irão às urnas mais uma vez na disputa pela presidência dos EUA.
Ambos expressam o establishment, ou seja, o imperialismo norte-americano e a sanha em manter o que parece agora impossível: preservar: a hegemonia absoluta num mundo unipolar.
Basta que se examine a postura cúmplice dos EUA no genocícidio ora praticado por Israel em Gaza.
Trump agiria da mesma maneira, se ainda governasse. Em sua caminhada pela nova eleição tem deixado isso claro.
E Biden, acossado por crescente condenação internacional, agora enfrenta movimento de estudantes norte-americanos, que se espraia por várias universidades, em solidariedade à Palestina.
Certamente essa massa de universitários não migrará de Biden para Trump, no próximo pleito. Mas em grande parte se ausentará das urnas, o que indiretamente favorecerá Trump.
Aliás, ambos sofrem agora crescente rejeição por parte de eleitores tanto democratas como republicanos.
Mais um sinal da decadência da sociedade norte-americana.
O fato é que Biden foi fundo em seus compromissos com Israel e nas pretensões imperialistas no Oriente Médio e agora se vê em crescentes dificuldades políticas internas.
Leia: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/04/eua-protestos-repressao-resistencia.html
Um comentário:
É a dificuldade de escolher o menos ruim. Porque o menos ruim também, entre outros malefícios, após apoiar Israel em sua reação desproporcional ao ataque do Hamas, faz ressalvas ao comportamento insano de Netanyahu. O outro apoia Netanyahu incondicionalmente pela sua recusa em reconhecer o direito dos palestinos à sua existência! Vamos de menos ruim!
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