Diploma de Queiroga é a
máscara do charlatanismo
Decisão
de consultar a população sobre vacinar as crianças é um alijamento da medicina
Janio de
Freitas, Folha de S. Paulo
O Supremo age
no tema da vacinação infantil,
mas o governo não tem o que ser aplicado. Marcelo Queiroga é falso ministro e
falso médico. Sua decisão de consultar a população sobre
vacinar as crianças, ou não, é um alijamento da medicina. Ao que se
seguiu outro, com a banalidade de que "a pressa é inimiga da
perfeição".
A medicina é
uma das atividades em que a pressa mais se confunde com a perfeição.
Cardiologistas ("especialidade" de Queiroga), cirurgiões, médicos de
emergências e muitos outros dos nossos salvadores têm a pressa como prática
médica. E decisiva.
Criticado,
Queiroga responde: "Óbitos de crianças estão
em patamar que não implica decisão emergencial". Esse
"cardiologista" ignora, mais do que o papel das vacinas, que a
inteligência da medicina tem a prevenção como prioridade. O tratamento é o
recurso para reparar a prevenção descuidada ou impossível.
Mais de 300
mortes de crianças por Covid não afetam o Ministério da Saúde sob Queiroga,
fiel ao repúdio à medicina e à vida instituído pelo general Pazuello. Na
verdade, nem se sabe o número aproximado das crianças mortas, de fato. Só pode
ser elevada a subnotificação entre
os 51% da população que ganham menos de dois salários mínimos, 40% deles
sofrendo com falta de comida. No casebre onde há fome, ninguém pensa em Covid,
muito menos como causa de doença e morte.
Ao lançar às bestas os
dirigentes e técnicos da Anvisa, por aprovarem a vacinação infantil,
também esse propósito criminal de Bolsonaro foi replicado por Queiroga. Sua
Covid mental não se satisfaz com a agressão à medicina, quer levá-la a quem a
pratica. A adesão às ameaças ao corpo técnico da Anvisa espera, aliás, uma ação
criminal para Queiroga.
Os clientes
da clínica cardiológica de Queiroga em Brasília, seja à procura de prevenção ou
de tratamento, que se cuidem. Está claro: Marcelo Queiroga não exerce a
medicina: repudia-a. É charlatão. Seu diploma é a máscara do charlatanismo.
MEIA NOTÍCIA
Mais obscura
do que a alegada presença de três agentes financeiros da Al Qaeda em São Paulo
é a emissão dessa notícia pela Embaixada dos
EUA. Não há por que duvidar de tal presença, nem de presumir número
ainda maior. A organização se refaz, e é provável que nenhum país seja mais
paradisíaco para sua infraestrutura do que o Brasil atual.
Só não é
próprio da NSA, que há tempos espiona até presidência brasileira, da CIA e do
FBI com seu "escritório" entre nós, divulgar seus achados só por
divulgá-los.
O usual é que,
em sendo a Al Qaeda, os agentes retirem seus alvos da circulação. Ou da
superfície do planeta. Têm feito isso, inclusive, com informações precisas para
a ação das polícias brasileiras contra o tráfico de drogas, impelindo-as a
agir.
Se mais tarde
surgirem notícias de que agentes da Al Qaeda têm
auxiliado alguns projetos aqui, por exemplo introduzindo
armamento e dinheiro, podemos ficar orgulhosos pela preferência. Já que
intolerantes com essas coisas nunca ficamos.
.
Veja: A mentira o desgasta e
enfraquece; mas o mantém conectado à sua base https://t.co/Dp8f13AzZ4
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