UMA DECISÃO JUDICIAL HISTÓRICA
“A total má-fé da
requerente em seu esdrúxulo e ilícito pedido, ostensivamente atentatório ao
Estado Democrático de Direito e realizado de maneira inconsequente com a
finalidade de incentivar movimentos criminosos e antidemocráticos que,
inclusive, com graves ameaças e violência vem obstruindo diversas rodovias e
vias públicas em todo o Brasil, ficou comprovada, tanto pela negativa em
aditar-se a petição inicial, quanto pela total ausência de quaisquer indícios
de irregularidades e a existência de uma narrativa totalmente fraudulenta dos
fatos” – esse é um trecho da decisão do Presidente do TSE sobre a tentativa de
golpe jurídico movida pelo partido do futuro ex-presidente da República.
Essa decisão passa
a ser um bem precioso do patrimônio histórico do Estado do Direito Democrático
brasileiro. Medida adequada, exemplar, direta, contra a onda de golpismo e
cinismo, verdadeiro tsunami de vagabundagens e iniciativas antidemocráticas que
varre o Brasil especialmente desde que o atual presidente perdeu as eleições de
2022.
Relatório patético
o apresentado pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, com o objetivo de
anular urnas, no segundo turno, nas quais seu mito perdeu as eleições. A
patacoada procurou isolar do pedido de anulação as urnas “favoráveis”, e – a
pérola da picaretagem – deixou de fora as mesmas urnas usadas no primeiro
turno, etapa na qual o PL e siglas aliadas de Jair B elegeram seus nomes para o
Congresso. Gesto tosco e ridículo, mas articulado com a movimentação golpista
que cerca os quartéis e bloqueiam estradas.
Essas articulações
golpistas, todas, se apoiam num sepulcral silêncio público do futuro
ex-presidente, que costura silente e febrilmente a subversão desde que foi
inapelavelmente derrotado nas urnas. Para o general Santos Cruz, ex-ministro da
secretaria de governo de Jair B, a postura do ex-capitão é “negócio de
covarde”, do tipo “esperar que o circo pegue fogo para ver como pode ser
beneficiar”. Na verdade, o mofino do Planalto não esperou que a lona pegasse
fogo, mas nos bastidores, se fazendo de morto, acendeu vários focos de incêndio
através de seus cúmplices, todos criminosos, via as redes sociais.
A covardia é a
principal característica de Jair B. Nesse caso, o tremebundo se escondeu sob o
paletó de Valdemar da Costa Neto – colecionador de condenações judiciais – para
a mais atabalhoada das tentativas de golpe. Teve a devida resposta. Mas não se
emendará e, solerte, tentará novamente desrespeitar a Lei e o resultado das
eleições. [Ilustração: Aroeira]
Leia
também: Novo ato da ópera bufa golpista https://bit.ly/3U3euhs
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