Subprodutos de um
sistema em crise
Luciano Siqueira
Com alguma
frequência, registro aqui no blog — ao estilo de compartilhar minhas leituras e
anotações — estatísticas dolorosas sobre enfermidades de massas que ainda
atingem duramente regiões do planeta marcadamente mais pobres ou de sistemas de
saúde precários.
Valho-me de
relatórios da ONU, que nos trazem sempre dados muito expressivos, mas se eximem
da análise das causas políticas de tais fenômenos negativos.
A informação de que cerca de 110 mil crianças e adolescentes foram acometidas de HIV/Aids no ano passado https://bit.ly/3XFKefO, justamente em regiões onde não há cobertura adequada após pandemia, vale como denúncia das desigualdades que persistem no mundo.
Este é o fato. O
capitalismo dos nossos dias, cada vez mais financeirizado, ultra concentrador
da produção, da renda, da riqueza e da usura não reúne condições para
satisfazer as necessidades básicas da humanidade.
Esse é um traço,
digamos, na esfera social, das consequências de décadas de declínio relativo da
taxa média de lucro necessária à retroalimentação do sistema, dolorosamente compensada
com a precarização crescente das relações de trabalho e a redução de direitos.
Nessas
circunstâncias, desigualdades históricas decorrentes do colonialismo e da
ocupação de territórios na esteira das disputas Inter imperialistas, os oito
bilhões de habitantes do planeta em sua maioria estão condenados amargar um
sistema contra o qual inevitavelmente precisam se insurgir.
A ONU cumpre um papel
importante ao revelar esse estado de coisas, embora o faça, repito, margeando a
análise política propriamente dita.
A nós outros
militantes da causa libertária cabe tirar todas as consequências desses dados
de realidade e tê-los como insumo à renovação cotidiana dos nossos compromissos
de combate.
Leia também: Pressões do todo poderoso mercado financeiro sobre o novo
governo Lula https://bit.ly/3Ao7Xak
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