ONU
alerta que retorno do El Niño pode levar a novos recordes de calor
Organização Meteorológica Mundial, OMM,
afirma que fenômeno tem 80% de chance de ocorrer até setembro deste ano;
secretário-geral da agência da ONU explica que La Niña freou a subida de
temperatura nos últimos três anos; possíveis consequências do El Niño reforçam
necessidade de sistemas de alerta precoce.
ONU News
Segundo
uma nova atualização da Organização Meteorológica Mundial, OMM, o fenômeno El
Niño tem grande probabilidade de se desenvolver ainda este ano. Como resultado,
as temperaturas globais podem subir.
O
secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, alerta que o desenvolvimento do
fenômeno climático provavelmente levará a um novo pico no aquecimento global e
aumentará a chance de quebrar recordes de temperatura.
Aquecimento das temperaturas
O
fenômeno climático tem 60% de chance de chegar até final de julho, deste ano, e
80% de probabilidade que se forme até setembro.
O
El Niño é um padrão climático de ocorrência natural associado ao aquecimento
das temperaturas da superfície do oceano pacífico tropical central e oriental.
Ocorre em média a cada dois a sete anos, e os episódios geralmente duram de
nove a 12 meses.
O
fenômeno está normalmente associado ao aumento das chuvas em partes do sul da
América do Sul, sul dos Estados Unidos, Chifre da África e Ásia Central. Por
outro lado, o El Niño também pode causar secas severas na Austrália, na
Indonésia e partes do sul da Ásia.
Freio temporário
De
acordo com Taalas, os últimos oito anos foram os mais quentes já registrados.
No entanto, nos últimos três anos houve um resfriamento por conta do La Niña,
que atuou como um “freio temporário” na elevação da temperatura.
Ele
afirma que o mundo deve se preparar para o desenvolvimento do El Niño, que além
do calor, deve aumentar a seca ou chuvas em diferentes partes do mundo.
Segundo
o secretário-geral da OMM, isso pode trazer alívio da seca no Chifre da África
e outros impactos relacionados ao La Niña, mas também pode desencadear eventos
climáticos e climáticos mais extremos.
Assim,
ele reforça a necessidade dos sistemas de alerta precoce em todo o mundo.
Velhos fatos se revivem com nova
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